“Chick-lit” é um gênero literário que abrange a vida da mulher moderna, sendo voltado, principalmente, para o sexo feminino. São romances leves, com um toque de humor, que narram o quotidiano e entram fundo nas dúvidas e emoções das personagens, transmitindo, normalmente, a sensação de estar lendo o relato de uma amiga. As história nesses livros poderiam facilmente ser uma conversa entre garotas ou mulheres, na qual há compartilhamento de sonhos, segredos, confissões.
Oi gente!
Como vocês passaram de Natal e Ano Novo?
Espero que muito bem!
Hoje vim aqui para falar para vocês sobre um chick-lit que, ao contrário de vários já citados aqui, não me agradou. Se ele não me agradou, por que estou postando a resenha, então?
Simples! Quero mostrar para vocês os dois lados de uma mesma questão, mostrar que há também aqueles livros que acabo não gostando e, acima de tudo, explicar o porquê de terem me desagradado.
Que fique claro que essa é uma opinião minha e não um julgamento do livro ou da autora. O fato do livro não ter me agradado não o classifica como “ruim” e nem significa que desagradará a todos, ok?
Estou me esclarecendo porque já vi pessoas serem sinceras em suas resenhas e acabarem se tornando alvo de agressões por pessoas que gostaram do livro e não respeitaram a opinião da resenhista. Cá entre nós, situação pra lá de chata e desnecessária, não é?
Sem maiores enrolações, lá vamos nós!
Escrito por Gemma Townley (a propósito, irmã da Sophie Kinsella), “Quando em Roma” é um romance que começa com as divagações de Georgie Beauchamp, pesquisadora de uma editora inglesa de livros financeiros, sobre um possível reencontro com seu ex-namorado Mark, que a deixou para ficar com outra mulher há 2 anos e a avisou sobre o término através de um bilhete deixado em sua casa. Em seu reencontro imaginário, Gerogie vê-se deslumbrante, deixando Mike de queixo caído e arrependido por tê-la deixado. Entretanto, quando o encontro realmente acontece, Georgie está com o atual namorado, David, debaixo da chuva e nem um pouco glamurosa. A partir desse reencontro, a vida de Georgie vira de ponta cabeça…
Sinceramente, eu não gostei do livro. Georgie é superficial, deixa-se levar completamente pelas aparências, além de não ter amigos (e em momento algum ela demonstra se importar com isso, o que, por si só, é bem estranho). As duas únicas pessoas mais próximas de uma amizade são Candy, com a qual ela não conversa há 2 anos (e parece não ter sentido a mínima falta também), e Nigel, seu colega e chefe do departamento de pesquisas no qual ambos trabalham.
Georgie parece achar que o mundo gira ao seu redor, não se preocupa com ninguém além dela mesma (só finge que se preocupa), passa o livro inteiro imaginando momentos nos quais ela está impressionando alguém e a sensação que tive é que seu status de “apaixonada” depende de quem faz mais as vontades dela. Os acontecimentos são todos rápidos demais para que pareçam diferentes disso.
Eu não julgaria Georgie como egoísta nem interesseira se ela estivesse, de fato, em busca de sua felicidade. Se ela realmente estivesse vivendo um dilema no qual ela ama dois homens e não sabe qual a faria feliz, a história seria completamente diferente. Além de tudo, Georgie possui uma visão altamente seletiva: ela só enxerga o que quer e de acordo com o que quer. E essa visão acaba colocando pessoas inocentes em situações delicadas e, mesmo assim, tudo o que ela consegue continuar se preocupando é com ela mesma.
O livro foi previsível para mim e não me convenceu. O momento em que, tecnicamente, corresponde ao amadurecimento da protagonista é tão superficial e ocorre cronologicamente na história tão rápido que fica difícil acreditar que ela realmente amadureceu, sem contar que, para mim, o livro não terminou em completa sinceridade da parte da personagem. Não só isso, achei a escrita um pouco amadora, os diálogos não são muito bem construídos e algumas partes achei meio vulgares. Nada é descrito graficamente demais se é que me entendem, mas há maneiras e palavras melhores para se descrever um ato sexual.
Fiquei totalmente decepcionada ao ler esse livro, pois li “Manual para Românticas Incorrigíveis”, o qual ainda será resenhado aqui, escrito pela mesma autora, e tudo é completamente diferente, desde a história até a escrita. Inconformada em como a mesma pessoa poderia ter escrito um livro que eu amei e outro que passou bem longe de gostar, fui buscar respostas e a encontrei na própria aba do livro. Em defesa da Gemma , “Quando em Roma” foi seu romance de estréia e, por isso, a sensação da escrita ser meio amadora.
Só pude ler esses dois livros dela que citei, mas comparando “Manual para Românticas Incorrigíveis” com esse, a evolução da autora é visivelmente perceptível e muito satisfatória! Assim, apesar de “Quando em Roma” ter sido o segundo que li, preferi resenhá-lo primeiro para, na próxima resenha, mostrar a evolução de Gemma, ao invés de deixar a impressão de “decaimento” caso tivesse a postado depois.
Em resumo, o livro não me agradou porque a personagem não me convenceu e me irritou. Porém, ele pode agradar outra pessoa. Assim, se você tem vontade de ler o livro, não se deixe levar por minha resenha, leia-o e depois me conte sua opinião. Se você já leu, me conte do mesmo jeito, gostaria de saber se fui só eu que tivesse essa visão negativa da história!
E antes que surjam as dúvidas, há um filme chamado “Quando Em Roma”, mas ele não é baseado nesse livro, as histórias são completamente diferentes! Só aconteceu de terem o mesmo nome!
Beijos a todos!
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