Tally finalmente é perfeita. Agora seu rosto está lindo, as roupas são maravilhosas e ela é muito popular. Mas por trás de tanta diversão – festas que nunca terminam, luxo e tecnologia, e muita liberdade – há uma incômoda sensação de que algo importante está errado. Então Tally recebe uma mensagem, vinda do seu passado, que a faz se lembrar qual é o problema na sua vida perfeita. Agora ela precisará esquecer o que sabe ou lutar para sobreviver – as autoridades não pretendem deixar que alguém espalhe esse tipo de informação.
Editora: Galera Record l 384 Páginas l Distopia l Compre aqui: Amazon l Skoob l Resenha: Kamila Mendes l Classificação: 3/5
“Perfeitos” é o segundo volume da aclamada série “Feios”, de Scott Westerfeld, e mantém com excelência todos os pontos de encanto que transformaram o primeiro volume em Best Seller.
A luta da protagonista Taly Youngblood contra a mão de ferro de Nova Perfeição continua, mas dessa vez a menina deve lutar primeiro consigo mesma para saber o que é real e o que está sendo manipulado pelo seu cérebro transformado. Os comentários sobre a história serão mínimos porque não quero dar spoiler, mas se acontecer, me perdoem desde já. A partir de agora vou deixar minha opinião sobre o livro. Vale dizer que essa resenha será menor que as demais, então não se surpreendam com seu tamanho, ok?
Tenho que admitir que Perfeitos superou minhas expectativas em todos os sentidos. Quando terminei de ler o primeiro volume da série Feios fiquei com a impressão de que os demais livros perderiam qualidade na história e na crítica social. Ledo engano. O segundo volume recupera a aventura de Tally Youngblood com novo fôlego, nos revela novos personagens, tão apaixonantes quando os primeiros, e traz de volta aqueles que nos conquistaram, ou não.
Se você não leu o primeiro livro da série, cuidado, spoiler a vista.
Perfeitos versa sobre a tão sonhada vida na Nova Perfeição. A vida ‘borbulhante’, cheia de festas e sem nenhuma preocupação que é a nova realidade de Tally, até que antigos amigos começam a aparecer e ela tem que decidir entre abandonar a vida perfeita de diversão e futilidades e embarcar num passado esquecido ou continuar e nunca saber quem ela foi e o que ela já viveu. A crítica sobre a alienação humana é bem mais forte neste livro do que em Feios.
A crítica social desta vez não está na luta da personagem em descobrir a manipulação feita pelo governo, mas em tentar saber quem ela é, uma vez que seu cérebro foi modificado e agora ela é uma perfeita. Scott Westerfeld brinca com a pergunta ‘o que fazer quando você quer descobrir quem você é em uma sociedade que não aceita o diferente?’. Tally tem que lutar pra responder a essa pergunta e sua luta é interna, contra a vida e os pensamentos fúteis, tão naturais a sua situação.
O ritmo também é outro. Perfeitos é mais ágil que Feios. Há mais aventura e um triângulo amoroso inesperado. Personagens que você amou no passado agora vão fazer suas entranhas se revirarem. Há um ritmo frenético na forma como a história flui pelas páginas e como a vida dos personagens vai ganhando um ritmo mais acelerado.
Assim como Scott me conquistou com a aventura e o romance, juntamente com a crítica social, de Feios, nesse livro ele me prendeu de fato e me ganhou como fã. Perfeitos não perde o ritmo, não deixa a história cair no comum e ainda abre novas janelas para que a saga de Tally continue. Recomendo de todo o coração esse livro. Ler essa saga é uma experiência única.
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