Oi galera! Tudo bem com vocês? Hoje teremos mais um post da semana de debate sobre o bullying, só que dessa vez indicarei filmes que giram em torno desse tema.
O bacana de assistirmos filmes que falam sobre o assunto é que a crueldade do bullying torna-se visual, impactando ainda mais os telespectadores. Às vezes, precisamos de um choque de realidade para entender o quão sério é o debate contra o bullying, portanto preparem-se para filmes dolorosamente reais. Vem ver:
O Silêncio de Melinda é baseado em um dos meus livros preferidos – Fale!, da autora Laurie H. Anderson. Aqui acompanhamos a crueldade dirigida a uma jovem calada e solitária que esconde um grande segredo. Já vi vários filmes sobre o assunto mas, sem dúvida, esse é um dos meus preferidos.
O bullying contra Melinda é do tipo que começa com boatos, fica mais forte através de apelidos maldosos e, a cada dia, faz dessa jovem uma párea esquisitona. O problema é que ninguém percebe que tanta opressão fez Melinda se calar, mesmo após viver uma situação traumática, por causa do medo de criar ainda mais animosidade. Aqui, entendemos o quanto é importante ensinarmos aos nossos filhos que o outro, por mais diferente que ele seja, é um ser humano cheio de medo, tristeza e insegurança. E que o mais importante na vida não é excluir o diferente, mas incluir, entender e – principalmente – procurar ouvir. A outra pessoa pode estar precisando de um ombro amigo, de alguém que diga que ela não está sozinha. Então o que levei dessa história é o quanto vivemos em uma sociedade que gosta de falar, de apontar o dedo e de rir dos outros, mas não está preparada para ouvir os apelos dos necessitados.
Bullying Virtual é tocante, verdadeiro e extremamente real. Pense nisso: vivemos em um mundo em que achamos que podemos tudo na internet. Que brincar com os sentimentos das pessoas é normal – afinal é só uma brincadeirinha de nada – e que dizer o que pensamos (mesmo sendo um julgamento precipitado e errôneo) é nosso direito. Aqui entendemos o quanto palavras podem ferir e, mais ainda, o quanto é importante pedir ajuda e entender que não precisamos carregar o ódio do mundo nos ombros.
A Girl Like Her foi gravado como um documentário e mostra os dois lados de uma mesma moeda: o valentão do colégio (a garota mais popular e linda e aclamada e que na realidade tem um lado maldoso que ninguém quer enxergar) e a sua ex-melhor amiga, uma vítima constante de seus ataques. A ideia aqui foi provar que as aparências enganam e podem esconder corações negros e corrompidos. Trata-se de um filme que marca, emociona, e que infelizmente apresenta a realidade cruel de muitos colégios do ensino médio.
Um Grito de Socorro é ainda mais real, pois mostra tanto a crueldade que cometemos contra aqueles que são diferentes – e que fogem dos padrões estipulados pela sociedade – quanto a necessidade de assumirmos um papel ativo na luta contra o bullying. Não adianta nada não concordarmos com as ações dos valentões e, ainda assim, não tomarmos uma atitude para pará-los. Só vamos mudar o mundo se transformarmos palavras bonitas em ações de respeito e amor ao próximo, por isso a mensagem desse filme é tão importante.
Para deixar a lista mais leve, também temos três filmes divertidos, meio previsíveis, e que abordam o bullying de uma maneira direta e reflexiva: Meninas Malvadas, The Duff e A Mentira.
Em Meninas Malvadas entendemos os efeitos causados pelos padrões de beleza pregados pela indústria da moda. Ao acompanharmos a rotina dessas meninas, que vivem para segregar e excluir seus colegas de classe, percebemos o quanto os valores pregados por nossa sociedade são deturpados. Dizem: você tem que ser popular, você tem que ser magra, você tem que usar as melhores roupas e você tem que, não importa como, ser a mais linda de todas. – Mas será que é isso que importa? Beleza e popularidade? O filme é um dos romances mais aclamados da minha geração e fala sobre a importância de ser você mesma; não importa o que digam, a única coisa que você tem que fazer para ser feliz é aprender a amar seu interior.
The Duff também traz a mesma ideia, mas foca ainda mais nas aparências. Aqui temos uma garota bacana que, por causa do peso e das roupas, é considerada a amiga feia que torna as outras garotas ainda mais bonitas. Ao longo da história ela tenta mudar seu visual e a maneira que age – na esperança de agradar os outros e provar que não é uma Duff. Contudo, no final dessa jornada a jovem finalmente entende que não importa o que digam, que o que realmente conta é o fato dela amar o reflexo que vê no espelho. Toda vez que colaboramos para a criação de um padrão de beleza, permitimos que jovens espalhadas pelo mundo se sintam imperfeitas. E histórias como essas, mesmo clichês e um tiquinho bobinhas, mostram a importância de entendermos que a beleza abrange todos os tipos de corpo, cor, credo e religião.
Já em A Mentira acompanhamos o poder de uma fofoca. Ela ajuda um amigo dizendo que transou com ele e poucos dias depois é vista como a “vadia da escola que já ficou com vários caras”. Aqui o final é feliz, mas já pensou se não fosse? Já pensou se essa garota deixasse o peso do julgamento alheio influenciar suas escolhas e atitudes? O importante desse filme é entender como fofocas e pré-julgamentos também são atos de bullying, e como devemos ensinar nossos jovens a não se deixarem levar por opiniões alheias.
Temos vários filmes que abordam esse assunto, então separei outras dicas que vi por aí. Ainda não assisti todos eles, mas achei que valia a pena mencionar essas tramas tão reflexivas (procurem os trailers, vale mesmo a pena, parecem filmes muito emocionantes – principalmente Elefante, que me lembrou da leitura de A Lista Do Ódio):
E aí, gostaram das dicas? Possuem algum filme sobre o assunto que gostariam de indicar? E, ainda, o que estão achando da semana #pararefletir?
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