Em A Herdeira, o universo de a Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção. Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil – e importante – do que esperava. America Singer e o Príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção. Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil – e importante – do que esperava.
Editora: Seguinte l 310 Páginas l Romance (+Fantasia) l Compare & Compre: Saraiva • Submarino • Amazon l Skoob l Classificação: 4/5
Mais uma série finalizada e que vai deixar saudades. Mesmo achando os dois últimos livros da saga desnecessários para o desenvolvimento da trama de A Seleção, não consigo me despedir facilmente desses personagens. Admiro a capacidade que a Kiera Cass tem de criar um universo cativante, romântico e extremamente envolvente. Tanto é que, apesar dos inúmeros pontos negativos que posso elencar para esses livros, não nego que sou perdidamente apaixonada por eles. Assim, mesmo que A Coroa não seja o melhor livro da autora (ou até mesmo dessa série), ele cumpriu minhas expectativas e fez jus a esses personagens tão maravilhosos e especiais.
Assim como seu antecessor, A Coroa tem como pano de fundo uma Iléa vinte anos mais velha. Maxon e sua escolhida (não vou dizer quem para não acabar com a graça dos futuros leitores) já foram coroadas e nos últimos anos implementaram várias mudanças sociais e políticas – como haviam prometido, eles fizeram de tudo para diminuir as diferenças entre as classes e para criar um reino mais igualitário. E é aqui que entra nossa protagonista: Eadlyn, a princesa e futura rainha. Chegou à vez de Eadlyn assumir o reino e, enquanto tenta conquistar a população e provar que será uma líder tão boa quanto seu pai, ela participa da sua própria Seleção em busca de um marido e futuro rei. O fato é que a seleção da princesa não começou nada bem e, para piorar as coisas, agora ela precisa apressar o processo e escolher logo um futuro rei. E sabe qual é o grande problema de apressar as coisas? É que a seleção mudou Eadlyn e pela primeira vez na vida ela quer algo com o qual nunca sonhou: uma vida livre de cobranças e um amor tão forte quanto o dos seus pais. – Vocês acham que a princesa encontrará o que tanto almeja?
Uma das coisas que mais gostei no livro é que, pela primeira vez, a Kiera Cass deu um enfoque político à trama. Desde o primeiro livro a autora fala sobre divisão de classes, segregação social e pobreza; porém, esses aspectos eram eclipsados pelo romance, pelos belos vestidos e, principalmente, pelo processo de seleção. Contudo, o fato de Eadlyn ser uma líder nata e colocar seus súditos como prioridade, permite que sua história foque nos problemas políticos de Iléa e nas necessidades da população. Assim, lemos sobre a rotina da futura rainha, suas obrigações e tomadas de decisão, e sua luta para agradar e melhor a vida de seus súditos. E eu adorei isso. Adorei a narrativa mais política e verdadeira, adorei os dilemas da protagonista e suas dúvidas a respeito de como gerir o reino, e adorei também as discussões políticas que a autora trouxe para a história. Claro que toda a bagagem política é mais leve e superficial – afinal, estamos falando de um livro fofo e leve. Porém, gostei de como a autora conduziu a vida de futura rainha e citou todas as cobranças que esse título carrega.
Em contrapartida, achei que a autora focou tanto na rotina da princesa e em seus dilemas políticos que, infelizmente, o romance ficou em segundo plano. A sensação é que muitas coisas acontecem em poucas páginas: dramas e decisões políticas, revolta populacional, crescimento e amadurecimento da protagonista, coroação e, só então, o desfecho romântico. Já sabia que o livro uniria as pontas soltas deixadas por seu antecessor, mas tudo foi resolvido de forma muito apressada. E nesse aspecto o pilar romântico foi o que mais me desagradou. Por demorar para desenvolver o romance, pareceu muito platônico o envolvimento do casal – principalmente quando comparamos com os romances vivenciados pelos outros protagonistas da série A Seleção; a impressão é que o amor de Eadlyn é sem água e sem sal perto do de seus pais.
Ainda assim, mesmo achando tudo muito rápido e abrupto, é impossível negar que suspirei, torci e me diverti com essa história. Como disse no início, mesmo com os pontos negativos é muito fácil se apaixonar pela trama. A Kiera tem uma maneira gostosa de escrever e que só me deixa mais e mais encantada por suas obras. A Coroa não é um livro maravilhoso, mas ele fecha com chave de outro uma série que tem um pedacinho do meu coração. Para os fãs, vale muito a pena ler. E para aqueles que querem começar: leiam ao menos os três primeiros volumes, tenho certeza que não vão se arrepender.
Sobre a Série
A Coroa é o último livro da série A Seleção, composta pelos livros A Seleção, A Elite, A Escolha, A Herdeira e A Coroa.
Beijos!
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