“Quando naves riscam o céu da Terra, os 100 sabem que mais pessoas estão deixando a colônia espacial. E esse pode ser o retorno definitivo da humanidade ao planeta. Glass sobreviveu à queda dos módulos de transporte. Ela experimenta as novas sensações de estar na Terra. Clarke, por sua vez, está comandando o resgate aos sobreviventes da colisão, mas não consegue parar de pensar em seus pais, que ainda podem estar vivos. Já Wells precisa encontrar uma forma de lidar com a nova ameaça à sua liderança. Os homens que detinham o poder na colônia estão decididos a manter a ordem na Terra segundo suas regras. Mas essa nova lei está longe de ser justa. Chegou a hora de os 100 lutarem por liberdade, em seu novo lar.”
Editora: Galera Record l 304 Páginas l Distopia l Compre aqui: Amazon l Skoob l Resenha: @mayeosvicios l Classificação: 3,5/5
Quando comecei a trilogia The 100 eu esperava uma distopia repleta de ação, aventuras e romance, afinal há muito tempo atrás a Terra fora dizimada no chamado Cataclisma e uma parcela da humanidade exilou-se em uma nave espacial, denominada Colônia. Lá eles viveram séculos, apenas observando a Terra do espaço, aguardando o momento que poderiam retornar a ela e recomeçar suas vidas, aguardando a Terra tornar-se habitável novamente, e esta hora estava chegando, até porque os recursos da Colônia estavam ficando escassos e a única alternativa era tentar voltar para a Terra, ou a humanidade poderia se extinguir de vez. É então que cem jovens delinquentes são enviado a Terra para que deste modo possa ser comprovado se ela pode ser habitada novamente ou não.
Entre estes jovens – Clarke, Bellamy e Wells, e ainda Glass que no último minuto escapa e fica na nave – dão uma visão do que acontece tanto na Terra quanto na Colônia. E junto destas quatro personagens vamos conhecendo uma nova Terra, um lugar estranho e sem o luxo, conforto e facilidade que a nave proporciona, ao mesmo tempo em que na nave vemos a degradação chegar a cada minuto que passa. E no decorrer dos dois primeiros livros nos adaptamos juntos dos cem, vivemos os perigos, a fase de adaptação, o reconhecimento do lugar e a descoberta de que há sim humanos vivendo na Terra e estes podem ser sua salvação ou perdição.
No final do livro anterior a Colônia entra em caos, pois a vida de quem está ali está com os minutos contados e as pessoas brigam cada uma por um lugar em um módulo de transporte que segue em direção a Terra, pois quem ficar na nave não sobreviverá e são poucos os lugares disponíveis para tanta gente. Glass está entre eles e segue rumo a Terra em meio a essa confusão, perdas e dor, sem saber o que esperar ou se vai encontrar seu amigo Wells, que fora junto com os cem na primeira nave. No mesmo módulo vão guardas armados e o vice-Chanceler Rhodes, um homem vil, cruel, sem coração, corrupto e que só quer manter-se no poder, não importa quais meio terá que utilizar.
A chegada dos colonos na Terra foi brusca, repentina e triste, deixou muitos feridos, além de famílias de luto não só pela perda daqueles que não sobreviveram a aterrissagem, mas pela separação e dor de saberem que nunca mais poderão ver seus amigos, vizinhos, conhecidos e familiares. E em meio a esta confusão o vice-chanceler Rhodes começa a liderar com tirania, querendo controlar através do medo os colonos sobreviventes e manter a ordem que tinham na Colônia, passando por cima dos cem e ignorando tudo aquilo que construíram sozinhos na Terra, e sua primeira vítima é Bellamy que ao sair da nave no primeiro livro, fica em uma situação complicada perante a ‘justiça’. Desta forma começa uma batalha política e social dentro da narrativa, e nossas personagens começam a lutar por voz, por liberdade e para ter uma vida melhor na Terra abrigando a todos que vieram nesta segunda leva, mas de forma justa e democrática onde todos possam ter voz.
A narrativa da autora continua fluida e gostosa de ler, as páginas passam voando e é impossível parar a leitura, os mistérios e a curiosidade nos fazem ler freneticamente, pois torcemos por um final feliz, um final sem um líder tirano no poder e, principalmente, por respostas às questões levantadas nos livros anteriores. Tivemos um final que eu não esperava, mas que para mim foi plausível e fecha a série com louvor, porém não posso deixar de notar que perguntas ficaram sem respostas. O livro é eletrizante, a autora levanta inúmeras questões, foram três livros que li vorazmente, que eu amei cada segundo e me senti envolvida pela trama torcendo pelos 4 protagonistas, mas que ainda assim nos deixou sem respostas importantes, deixando aquela sensação de vazio por terminar uma trilogia sem todas as pontas ligadas e resolvidas, cabendo a nossa imaginação preencher as lacunas que ficaram, pois por mais que a sensação seja de que há espaço para mais um livro sabemos que ele não virá.
Se eu recomendo? A série como um todo é muito boa, os livros são extremamente gostosos de ler, entretanto as pontas soltas ficam e é o único ponto negativo da obra, em minha opinião. Se você não se importa de preencher as lacunas que ficarem com sua imaginação vá em frente, pois apesar disso a trilogia é envolvente e eletrizante e vale a leitura.
Sobre a Série
De Volta é o terceiro e último volume da trilogia “The 100“.
Beijos!
Comente via Facebook