A resenha dessa semana (que atrasou um pouquinho por causa da correria que enfrentei na faculdade e também pela falha do servidor do Blogger) é do livro “Ethernyt: A guerra dos Anjos”, do autor brasileiro Márson Alquati. Esse é o primeiro livro que recebo do grupo de livros participantes do Book Tour organizado pelo Selo Brasileiro.
A contagem regressiva para o Fim dos Tempos já foi iniciada e não pode mais ser contida… Quando o agente especial Rafael Thomas aceita o encargo de investigar a morte de um diplomata estrangeiro em solo brasileiro, ele não imagina no que está se metendo. Aos poucos, a verdade vai surgindo e ele descobre que por trás daquele crime encontra-se uma seita de fanáticos, cuja pretensão é valerem-se de uma antiga profecia apocalíptica para provocarem o Armagedon Bíblico. Começa então, uma incrível caçada pelos quatro cantos do globo, onde Thomas e os Escolhidos acabam envolvendo-se com sociedades secretas milenares, mistérios e enigmas, assassinatos, perseguições, tiroteios e batalhas épicas de tirar o fôlego. Até depararem com uma terrível revelação: Anjos e Demônios existem e estão prestes a destruírem a Terra na batalha definitiva entre o Bem e o Mal. Muita ação, suspense e aventura em uma história repleta de temas polêmicos, que vão desde a origem da Raça Humana, os grandes mistérios da antiguidade e o advento das religiões, até a existência de vida extraterrestre, culminando numa visão sombria sobre o destino da humanidade…
Ethernyt é um livro repleto de ação, a estória é traçada como um quebra-cabeça, de forma que cada detalhe nos leva a um final inesperado, por isso, o livro me surpreendeu, a maneira e a ordem com que o autor coloca os fatos me lembrou muito os livros do Dan Brown, sendo que Ethernyt, assim como o livro “O Código da Vinci”, me fez sentir a adrenalina de atravessar o mundo em busca de enigmas e de pistas ocultas. O ponto inicial da trama se dá quando Thomas, um reconhecido agente investigador da Polícia Federal Brasileira e Desirée, uma agente da Sureté Francesa, são designados para solucionar um caso misterioso que envolve a morte do embaixador Francês e de sua mulher em Angra dos Reis (Rio de Janeiro), a cena do crime é inacreditável, suas peculiaridades levam Thomas a acreditar que as mortes foram fruto de uma seita satânica, afinal, adagas, cruzes invertidas, altar de sacrifício, o que mais poderia ser?! Contudo, as suspeitas de Thomas tomam um novo rumo quando ele recebe a informação de que, em um hospital da região foi internado um homem machucado e em estado de amnésia, que em um lapso de memória diz ter presenciado o crime do embaixador e de sua esposa, ao averiguar essa informação, o agente brasileiro descobre que esse homem, seu principal suspeito, alega não se lembrar de nada, nem mesmo do seu nome, tornando-se então, incapaz de oferecer alguma informação sobre o crime. O agente brasileiro não acredita nisso, e resolve ficar ao lado desse suspeito, o Barrabás, aguardando e torcendo para que ele recupere a memória logo. Não demora muito para Barrabás sofrer tentativas de sequestro e de morte por grupos distintos, pois, além de suspeito, ele é a única testemunha viva que pode dizer quem são os responsáveis pela morte do embaixador e de sua esposa. Assim, a ligação desses grupos ao crime em questão fica clara, de forma que Thomas, Desirée e Barrabás, na esperança de encontrar uma prova que comprove essa ligação, passam a investigar estes grupos, o problema é que, as únicas pistas que eles possuem são charadas e enigmas, e isso foi um dos detalhes que eu mais gostei. Como o “próprio” Thomas coloca:
“Por que é que todos os membros da Irmandade dos Guerreiros da Luz sentem prazer em nos torturar com enigmas e charadas?”
“Eu realmente gostaria de saber, o que estes caras têm contra mapas de verdade e informações concisas e claras – Thomas lamuriou-se indignado”
Não se animem, pois eu não vou contar quem são os membros da Irmandade dos Guerreiros da Luz que o Thomas citou, vou deixá-los na curiosidade (Gargalhadas). Mas, como eu sou boazinha, olha um pedacinho de uma charada mega elaborada que os eles precisam desvendar:
“(…) Sou o mistério de uma raça e todos querem me desvendar. Mas apenas os Guerreiros de Ethernyt sabem onde me encontrar. Sou o Guardião da Luz, o que ilumina um caminho já traçado. Através das minhas lembranças, o segredo será revelado”
Também preciso comentar que, nessa corrida por desvendar o mistério das mortes do embaixador Francês e de sua esposa, Desirée conta um amigo para auxiliá-los, o Leon, um excelente piloto inglês, que além de pilotar muito bem aviões e helicópteros, possui um imenso conhecimento sobre armas (Nesse ponto o autor não economiza detalhes, todas as armas são descritas minuciosamente, depois de ler o livro virei quase uma especialista!). Cada pista ao ser desvendada leva o grupo a novos enigmas, até que eles compreendem a amplitude do caso, e se vêem totalmente envolvidos em uma batalha – a guerra dos anjos. A ligação de cada um deles com essa guerra não é uma mera coincidência, eles foram escolhidos, faz parte do destino deles participarem dessa batalha, agora o porquê, vocês só vão descobrir lendo!
No decorrer do livro, além de inúmeras citações históricas (o que, eu particularmente adoro), temos também a descrição de lugares lindos e encantadores, o grupo principal viaja pelo mundo, passando por cenários inusitados e peculiares, outro ponto essencial são as batalhas, principalmente a batalha final, as mortes são incontáveis, e os detalhes, no mínimo cruéis, mas mesmo em um clima de batalha existe espaço para muitas gargalhadas, o Thomas, personagem que me atraiu por ser tipicamente brasileiro, é muito engraçado, ele é o tipo de cara durão, que arruma briga fácil, sarcástico e super engraçadinho – Sabe aquele tipo que atribui apelidos para todo mundo? Então ele é assim, seu humor inusitado me conquistou, além de seu porte atlético e seu lado heróico claro (Abafa).
“E do que se trata essa maldita Fortaleza da Montanha? Se você me disser que é apenas uma fortaleza, erguida no cume de uma montanha, eu o acerto de novo – o brasileiro ameaçou, erguendo o punho”
Eu gostei muito do livro, a trama é envolvente, os personagens são bons, o ritmo de leitura é agradável (existem somente alguns pontos que por causa dos vários detalhes acabamos demorando um pouquinho mais, mas no geral é tudo muito constante), os segredos revelados são bem surpreendentes, e o final do livro nos deixa com gostinho de quero mais. A única coisa de que senti falta foi do romance, existem pequenas deixas, mas nenhum beijinho, poxa e olha que existem dois casais com alto potencial viu, eu sei que o livro se trata de uma batalha, e tecnicamente não existe tempo para isso, mas eu sou romântica, e tem coisa melhor do que o amor em meio a uma batalha?! Mas quem sabe o autor não está guardando esse trunfo para o próximo livro? Um… Eu espero que sim!
Bem, no geral posso dizer que Ethernyt superou minhas expectativas, o livro merece todo reconhecimento e elogios que está recebendo, eu o recomendo a vocês. Quem gosta de uma aventura, não pode deixar de lê-lo.
Então, fica a dica, vamos dar mais valor aos autores nacionais!
Obs: Acho que me empolguei com a resenha… Preciso aprender a ser mais sucinta, ahauhauahuah.
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