Imagine entrar em coma, acordar alguns anos depois e descobrir que sua sociedade e sua cultura estão sendo destruídas por uma praga que se propaga mais rápido do que é possível conter. A praga, porém, somos nós. Humanos, mortais, gananciosos, sedentos por poder e riqueza em um mundo novo. Mundo este já anteriormente dominado por seres de inteligência muito superior que nos permitiram viver em paz em seus domínios por muito tempo. No entanto, não valorizamos a liberdade que nos fora dada. Agora o preço a pagar pode ser alto demais!
Editora: Selo Brasileiro l 254 páginas l Compre aqui: Amazon l Classificação: 4,5/5
Escrever a resenha do primeiro volume da saga Draco, “O Despertar”, não foi uma tarefa fácil, pois para mim, a leitura desse livro foi um desafio. Assim que o recebi e comecei a lê-lo desanimei, a forma com que os acontecimentos são narrados me pareceu impessoal o que me distanciou da história, e consequentemente fez com que a leitura não fluísse, por mais que eu tentasse não conseguia passar das páginas iniciais – eu, que sou tão acostumada a devorar os livros, e movida pela curiosidade normalmente lê-los em períodos de tempo muito curtos. Já tinha lido resenhas positivas sobre ele, então assumi que o problema era comigo, resolvi tentar ler outros livros, intercalando a leitura, e nesse espaço de tempo, li mais três livros, enquanto a leitura do livro Draco continuava sem avançar. Conclui que minha dificuldade para lê-lo estava relacionada com o gênero literário, muito diferente do que eu estou acostumada a ler.
Demorei para cair em mim, eu sempre me vi como uma leitora sem preconceitos, capaz de se aventurar em qualquer gênero literário, então porque não deixar a ideia pressuposta de que o livro Draco não fazia parte do meu estilo de leitura de lado, e lê-lo de uma vez por todas?
Foi o que eu fiz, (demorei, mas fiz), me concentrei na leitura e logo cheguei a um ponto em que estava totalmente envolvida na história. Não acreditava na magnitude com que a narrativa evolui, e mais, que um livro que antes julguei “não ser para mim”, tinha boas pitadas do meu gênero favorito de leitura, o romance. Me surpreendi, e muito, claro que tive dificuldades em assimilar a forma com que a história é narrada, pois em alguns momentos ela assume um caráter de relatório, nos distanciando dos fatos, mas independente disso, ao terminar de ler o livro, imersa na emoção (porque o final me fez chorar, e ficar com muita raiva de um dos vilões da história) pensei: Tenho muito o que amadurecer como leitora…
O livro se passa em um tempo medieval, e nos apresenta a organizada sociedade dos Dragões, seres fortes, inteligentes e capazes de dominar altos níveis de magia. Quem nos conta a história é Dryfr, um poderoso dragão que ficou muito tempo adormecido e quando acorda, vê sua terra ameaçada pelos Humanos, que graças a uma magia mal realizada pelos Elfos, foram transportados para o mundo dos dragões. Os humanos, como de costume, para adaptar a nova terra aos seus hábitos, desmatam florestas, criam fronteiras, marcando as terras, e para “garantirem seu poder em guerras futuras” passaram a estudar o uso da magia.
“(…) Esses seres autodenominam-se humanos. São verdadeiras pragas! Têm prazer em destruir e conquistar. (…) Chegam ao absurdo de demarcar terras e se declararem donos delas.”
Ao estudar a magia, os humanos também passam a se concentrar nos dragões, e motivados pela ganância e pela busca constante de poder começam a caçá-los, colocando a sociedade deles em risco. O Mestre dos dragões, Wyrmygn, alerta Dryfr do perigo, que com outros dragões do conselho planejam uma forma de exterminar os humanos. No decorrer dessa missão, Dryfr me ganhou, e o livro também, ele faz muitas conquistas, enfrenta muitos perigos, e perde muito mais do que estaria disposto a perder. Suas perdas me emocionaram, e me fizeram ver o livro com outros olhos.
Não posso falar muito da história, pois seu encanto está nas surpresas da jornada de Dryfr, o que posso dizer é que Draco, “O Despertar”, é um livro repleto de aventura, magia, e romance.
“(…) Sabia que daria a ela todas as luas, todos os planetas e todas as estrelas do multiverso se assim ela desejasse. Apesar de não ter precedentes entre nós, Dracos, eu sabia. (…) Sabia que estávamos incontestavelmente apaixonados como dois seres humanos fúteis e inferiores. E o que me assustava mais: eu e ela estávamos gostando disso. E gostando muito!”
Se você gosta dos livros de J. R. R. Tolkien vai gostar de se aventurar com os livros da saga Draco. Pois além de surpreendente, e para mim, inovador, ele conta com personagens fortes e com um cenário bem construído e detalhado. Super recomendado!
Para saber mais sobre a série acesse:
Esse livro faz parte do Book Tour Selo Brasileiro. Saiba mais aqui.
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