Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes. Sua vida sentimental não tem sido exatamente brilhante, pois todo cara que conhece parece fugir do relacionamento. Quando lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5, fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Além de tudo, o artigo no jornal terminava falando que, se a mulher tivesse o número acima dessa média, seria impossível achar a pessoa certa. Na tentativa de não aumentar seu número e perder de vez a chance de se casar, Delilah sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los. Será que um deles estará disposto a esquecer o passado e começar uma linda história de amor? Qual Seu Número? revela os segredos de cada mulher e prova que, quando se trata de assuntos do coração, números são apenas uma fração de tempo.
Editora: Novo Conceito l 414 páginas l Compre aqui: Amazon l Classificação: 5/5
Leve, divertido e envolvente, “Qual o seu número?” aborda um tema atual e complexo – o relacionamento amoroso. Atualmente, o amor verdadeiro é algo difícil de encontrar, por isso se um relacionamento não dá certo, tentamos novamente, sempre na esperança de algum dia encontrar a pessoa certa, alguém com o que queremos passar o resto de nossas vidas. Contudo, quantos relacionamentos uma mulher deve ter até encontrar seu verdadeiro amor? E a partir de quantos ela está destinada a ficar só?
Em “Qual o seu número?” Delilah, por meio de uma matéria do New York Post, descobre que já teve mais relacionamentos do que deveria. Segundo o artigo, a média de relacionamentos por pessoa é de 10,5 e ela já chegou aos 19. Preocupada com seu futuro decide que só terá mais uma oportunidade, só mais um homem, se atingir o vigésimo relacionamento e descobrir que aquele cara não era o certo, ela iria desistir, nada de namoro ou sexo para ela, nunca mais.
“Sim, vinte. Eu estava me dando mais uma chance de consertas as coisas. Se eu desperdiçasse essa última chance, (…), então eu me forçaria a viver uma vida de castidade e celibato.”
Sofrendo a pressão da mãe para se estabelecer em um relacionamento sério e com problemas no trabalho, Delilah se deixa levar pelo momento e se envolve com seu vigésimo cara, e ele, para o seu desespero, está longe de ser o cara certo. Assustada com a ideia do celibato percebe que sua única e última chance, é a de se envolver com um de seus ex-namorados, pois com eles, ela não aumentaria seu número. Mas se no passado esses relacionamentos não deram certo, por qual motivo no presente eles poderiam funcionar?
Delilah é esperançosa, acredita que seus ex-namorados possam ter mudado e resolve que eles merecem uma segunda chance. Para encontrá-los conta com a ajuda de seu vizinho (MEGA gato) Colin. Filho de um experiente detetive, ele não tem dificuldades para encontrar os ex-namorados de Delilah e conforme os endereços vão surgindo, ela parte em uma viagem em busca de seu verdadeiro amor. Cada reencontro de Delilah é no mínimo engraçado, mas o fato é que, encontrar seus ex-namorados fez com que lembranças e sentimentos do passado viessem à tona, mexendo com Delilah, lembrando-a do quanto ela está sozinha.
“Os dois me fizeram pensar nas conexões que temos com outras pessoas, as conexões reais. Estou sozinha. Muito sozinha. Quando percebo isso, sinto que as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto, e eu começo a chorar. (…). Choro porque não quero decepcionar minha mãe, mas decepcionei a mim mesma. Choro por tudo isso, mas, acima de tudo, choro porque tenho medo de ficar sozinha pelo resto da minha vida.”
Delilah é a personificação da mulher moderna, que corre contra o tempo e que mesmo tentando não se importar, no fundo, tem medo de não encontrar a pessoa certa. A solidão é uma sombra que aflige qualquer pessoa e por isso, não tem como não se identificar com Dedlilah, todas suas decepções amorosas, seus medos, seus questionamentos, nem sempre somos capazes de perceber o que fizemos de errado e muitas vezes nos cobramos por erros que nem cometemos. Outro ponto é que Delilah, ao estipular um número máximo de relacionamentos, faz isso pelos motivos errados, quem se importa com uma média, o importante é ser feliz não é mesmo? Só que é bem mais fácil falar. Para as mulheres as convenções e padrões sociais são bem diferentes, e assim como Delilah, acabamos nos preocupado mais com a opinião alheia, do que com a necessidade de sermos felizes.
Ao decorrer da história, Delilah precisa enfrentar seus medos, perceber que números não definem pessoas e que, o tempo, nem sempre é capaz de apagar as falhas do passado. Ela precisa, assim como todos, enfrentar seus medos, aprender a se aceitar, para então, perceber que talvez, mesmo sem querer, tenha encontrado o amor de sua vida.
“Independente do número dela ser 20 ou 1, que diferença isso faria no nosso relacionamento? Isso me faria rir mais forte com as piadas que ela me conta? Isso faria com que o nosso envolvimento fosse mais intenso? Não. Isso não tem nenhuma importância real em um relacionamento.”
Gostei muito do livro. Delilah é engraçada e nos envolve com sua personalidade. O mocinho da história é uma graça (não vou falar o nome para deixar um suspense, rs), me apaixonei por ele e torci muito para o casal.
Como ponto forte (além da história que mescla muito bem reflexão e bom humor), cito a narrativa da autora. Sua escrita é simples e direta, a impressão que temos é que estamos conversando com uma grande e conhecida amiga, os fatos são reais, palpáveis, presentes em nosso cotidiano e por isso, mergulhamos completamente na leitura. Essa proximidade permitiu que eu me emocionasse com o livro e reservasse um espaço especial para ele entre os melhores de 2011.
Para quem gosta de histórias engraçadas que nos reservam muita paixão e emoção, Qual o seu número é uma ótima opção de leitura.
Aproveito para agradecer a Novo Conceito pelo livro, adorei a leitura.
Comentem bastante, quem sabe não temos promoção do KIT do livro?
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