“Chick-lit” é um gênero literário que abrange a vida da mulher moderna, sendo voltado, principalmente, para o sexo feminino. São romances leves, com um toque de humor, que narram o quotidiano e entram fundo nas dúvidas e emoções das personagens, transmitindo, normalmente, a sensação de estar lendo o relato de uma amiga. As história nesses livros poderiam facilmente ser uma conversa entre garotas ou mulheres, na qual há compartilhamento de sonhos, segredos, confissões.
Oi gente!
Lembram-se que eu havia dito que preferi colocar primeiro a resenha de “Quando em Roma” para depois postar a do outro livro da autora, o que amei, para mostrar sua evolução como escritora?
Pois bem! Hoje é dia de mais uma resenha 😉
Kate faz o tipo romântica, daquelas que realmente espera por seu príncipe encantado. Seus dois melhores amigos, Sally e Tom, céticos, acham uma bobeira que a amigue alimente fantasias como essa. Eis que Kate acha um anúncio na internet de um livro capaz de mudar a vida das mulheres que o leram, segundo os relatos no site. E então, por apenas 7 libras, Kate resolve comprar o “Manual Para Românticas Incorrigíveis” e se submete às dicas um tanto quanto incomuns, dadas pela autora. E não é que as mudanças em sua vida começam a acontecer?
Diferente de “Quando em Roma”, “Manual Para Românticas Incorrigíveis” é narrado em terceira pessoa e não foca somente na protagonista, conhecemos também a vida de Tom e Sally, bem como os problemas por que passam.
Sou apaixonada por esse livro. Me encantei com ele por completo! A história é doce e divertida e vai muito além da busca de Kate por seu príncipe encantado. Além do foco na vida de Sally e Tom desviar um pouco da história de Kate, a própria protagonista vivencia muito mais do que uma busca pelo homem ideal. Kate trabalha como decoradora em um programa de TV a cabo, um desses que reconstrói a casa das pessoas, e simplesmente adorei essas passagens. Foi muito bom vê-la encarar os desafios que lhe são propostos, principalmente relacionados à insuportável Penny, apresentadora do programa. Ainda, por causa de seu trabalho, ela acaba tendo contato com uma causa maior, que não direi qual para evitar spoilers, mas que tornou esse momento no livro lindo e emocionante!
Outro fator agradabilíssimo na história é o próprio manual. Além de divertido, foi impossível, para mim, não lê-lo e não me identificar com muitas passagens. Terminei a leitura convicta de ser uma romântica incorrigível e fiquei tentada a seguir muitos de seus conselhos. Às vezes não custa tentar, não é?
De um modo geral, o amadurecimento de Gemma Townley de “Quando em Roma” para “Manual Para Românticas Incorrigíveis” é completamente perceptível, tanto por sua narrativa, muito melhor estruturada nesse segundo e que abandona por completo a impressão de amadora que tive no primeiro, quanto sua história, muito melhor desenvolvida e criada. Aqui, é possível compreender os sentimentos das personagens e nos convencermos da história, em nenhum momento me irritei com a protagonista ou com seus amigos. A única capaz de me irritar foi Penny, mas, nesse caso, era a intenção da autora. O humor da história não é exagerado, aliás, é totalmente divertido, e não há uso de expressões vulgares, como em “Quando em Roma”.
Portanto, esse é mais um chick-lit altamente recomendado e que figura na lista de meus livros favoritos, não só na de chick-lits favoritos.
“Manual Para Românticas Incorrigíveis” é capaz de divertir, emocionar e causar suspiros entre seus leitores. Apaixonante, como um bom livro deve ser.
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