A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda… ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro. Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.
Editora: Novo Conceito l 288 Páginas l Romance para Jovens Adultos l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 4/5 ♥
Quem leu ‘Anna e o Beijo Francês’ e não se apaixonou pela narrativa da Stephanie Perkins que atire a primeira pedra. Com um cenário cativante, personagens envolventes e um romance de arrancar suspiros a autora me conquistou por completo, fazendo com que eu esperasse ansiosa pelo lançamento dos seus próximos livros. Como bem sabemos não é ‘correto’ criar tantas expectativas em torno do trabalho de um escritor, entretanto, fui envolvida por esse sentimento de forma praticamente inconsciente, e quando dei por mim já estava devorando as páginas de “Lola e o Garoto da Casa ao Lado” com a mesma intensidade com a qual mergulhei na leitura de ‘Anna e o Beijo Francês’. Seria impossível evitar comparações, ainda mais se tratando de um dos meus livros favoritos, contudo, é satisfatório concluir que a magnitude da escrita da autora é um talento nato, pois nos dois livros ela me capturou com a intensidade dos sentimentos descritos e com o bom humor peculiar de seus personagens.
Lola é uma exceção: sua criação, infância, forma de pensar, agir, se vestir; tudo nela caminha para a exclusividade, mas isso é parte dela, ela não tenta ser diferente, simplesmente o é, característica que a torna transparente na demonstração de seus sentimentos e na defesa de seus valores. Como qualquer jovem na casa dos dezessete anos ela vive vários conflitos, toma inúmeras decisões erradas e aprende, apenas com o tempo, como seguir em frente mesmo diante das dificuldades da vida. E me digam, quem é que não gosta de um livro com boas doses de superação e amadurecimento pessoal? Por mais incrível que pareça, uma história juvenil como essa, mesmo munida de alguns clichês literários, surpreende ao tratar de consumo de drogas, homossexualidade, bullying e preconceito social. Passando assim, uma mensagem que envolve e cativa o leitor mesmo seguindo por caminhos que vão além do entretenimento.
Os dilemas de Lola se acentuam quando seus antigos vizinhos, os gêmeos Bell, seus ‘ex-amigos de infância’, retornam para morar ao lado de sua casa. Por motivos do passado a relação entre os três não é das melhores, de forma que Lola evita, de várias maneiras, o reencontro com os gêmeos, ciente de que tal encontro desenterraria sentimentos esquecidos por um bom tempo. Contudo, parece que um dos gêmeos não pensa da mesma forma que Lola e o temido reencontro cria, nada mais nada menos, do que um punhado de sentimentos controversos, inúmeras conversas banais e ao mesmo tempo intensas, e um grande laço de amizade e companheirismo.
Os acontecimentos, por mais que em alguns momentos pareçam previsíveis, são vivos o suficiente para hipnotizar o leitor. Ficamos ávidos por um final feliz, e é quase impossível desgrudar os olhos do livro até finalmente chegarmos onde acreditamos que Lola deve estar. Durante a leitura me emocionei, me diverti, me surpreendi, me compadeci por Lola e também quis lhe dar umas boas broncas por algumas de suas escolhas. Contudo, enquanto para o leitor tudo parece tão claro, é óbvio que para Lola suas escolhas parecem não só “as corretas”, como também as mais fácies. E esse é um conceito muito abordado, mesmo que indiretamente, pela autora, a dificuldade existente por trás da tomada de certas decisões.
Sobre a escrita da Stephanie Perkins, digo que não me surpreendi, não esperava menos do que encontrei. A leveza, a clareza e a qualidade do desenrolar dos fatos são elementos presentes em toda a essência da obra, o que sem dúvida define sua qualidade. Porém, saliento que percebi uma repetição de certos acontecimentos, para quem já leu ‘Anna e o Beijo Francês’ fica óbvio que a autora segue por caminhos parecidos em suas histórias, fazendo uso de cenários, dilemas e contextos amorosos um tanto quanto parecidos. Tal elemento não me fez gostar menos do livro, mas suavizou a emoção de alguns sentimentos narrados.
Um ponto que preciso comentar é sobre os personagens. Não precisei de muito para me encantar por eles. Lola é impulsiva e amorosa, e por mais que ela se comporte de forma meio “doidinha” gostei bastante dela, ela se deixa guiar pelo coração, e isso tende a cativar qualquer leitor. Mas o ponto alto, sem dúvida é o Cricket. De certa forma passei a acreditar que a autora tem um dom especial para a criação de personagens masculinos peculiares e apaixonantes, afinal, nunca li sobre um “nerd” tão lindo em toda a minha vida literária. Mas, além do encanto causado pela doçura de Cricket, ela surpreende trazendo a trama dois personagens para lá de especiais (por favor, que rufem os tambores): Anna e Étienne. Não tem como explicar o que senti sobre a participação deles no livro, não é uma breve menção, é uma participação na história, uma contribuição para ela. A vontade que tinha era de entrar no livro e abraçar o casal dizendo “- Mas que saudade de vocês!”.
Como deu para perceber me rendi pelos encantos do livro. Sem dúvida mais um para a lista de favoritos. E para quem se pergunta: ‘melhor ou pior que Anna e o Beijo Francês?’ Bem, a história de Anna me tocou mais, vivenciei mais suas emoções, entretanto, também criei um carinho especial pela Lola. O livro não entrou para a lista dos melhores de 2012, contudo me rendeu ótimas horas de leitura, por isso, é mais do que indicado para os amantes desse gênero literário.
Quotes Preferidos
“(…) talvez algumas pessoas pensem que vestir um figurino signifique que você está tentando esconder sua verdadeira identidade, mas eu penso que um figurino é mais verdadeiro que uma roupa normal jamais poderia ser. Ele realmente diz algo sobre a pessoa que o veste. Eu conhecia aquela Lola, pois ela expressava suas vontades, desejos e sonhos para toda a cidade ver. Para eu ver.”
“Sei que você não é perfeita, mas são as imperfeições de uma pessoa que a tornam perfeita para alguém.”
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