Gabe Sullivan é um bombeiro de São Francisco que arrisca sua vida todos os dias. E sabe, por experiência própria, que não deve se envolver com as vítimas de incêndios. Megan Harris admite que deve tudo ao heroico bombeiro que entrou no prédio em chamas para salvar sua filha de sete anos. Ela lhe deve tudo, exceto seu coração, pois, após perder o marido, cinco anos antes, jurara nunca mais sofrer por amor e pela perda. Contudo, quando Gabe e Megan se reencontram e as chamas incontroláveis do desejo se acendem, como ele poderia ignorar a coragem, a determinação e a beleza dela? E como ela poderia negar não apenas o forte vínculo de Gabe com sua filha, mas também a maneira como seus beijos carinhosamente sensuais a induziam a colocar em risco tudo o que manteve por tanto tempo? A atração entre Gabe e Megan é irresistível, e se ambos não forem cuidadosos, correm o risco de se apaixonar.

Editora: Novo Conceito l 304 Páginas l Romance Adulto l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 4/5 

‘Não posso me Apaixonar’ é o terceiro volume da série “The Sullivans”, que até o momento conta com praticamente oito livros publicados nos EUA (O oitavo será lançado no dia 25 de Março desse ano). Como já sabemos cada uma dessas obras narra a história de amor de um dos membros dessa grande e complicada família, de forma que no primeiro romance da série, ‘Um olhar de amor’, lemos sobre a história de Chase; no segundo, ‘Por um momento apenas’, conhecemos o irmão mais velho entre os Sullivans, o Marcus; e no terceiro, livro supracitado, mergulhamos na história de Gabe. Como característico desse tipo de saga, se analisados particularmente cada um dos livros que compõem a série da Bella Andre possuem início, meio e fim, e por isso, podem ser lidos separadamente. Contudo, existe um encadeado de acontecimentos que interliga estas histórias, tornando a leitura sequencial preferível para o entendimento completo dos livros e, principalmente, para que o leitor não se depare com spoilers referentes aos outros enlaces amorosos da série.

Entre tramas familiares previsíveis é chegada a hora de conhecermos a história de Gabe, o bombeiro da família. Entre os altos e baixos de sua profissão ele aprendeu, da pior forma possível, o quanto é perigoso envolver a vida profissional com a pessoal, e por esse motivo, mantém uma regra indiscutível, a de não se relacionar com vítimas de incêndio salvas por ele, pois, nesses casos a gratidão toma formas inesperadas, que não permitem que as vítimas conheçam nada mais do que o bombeiro Gabe, e ele sem dúvidas é muito mais do que isso. Corajoso, amoroso, companheiro, ele reúne todas as boas qualidades requeridas pela sua profissão, mas também, vai além delas quando deixa transparecer seu lado sentimental; lado esse que ele tenta esconder o máximo que pode de Megan, a forte e jovem mãe que ele recentemente salvou de um incêndio ao lado de sua pequena filha.

Para quem já leu outros livros da autora, o enlace amoroso descrito é essencialmente previsível. É claro como uma dose de água cristalina que Gabe, motivado por seu passado, iria evitar qualquer tipo de relacionamento com Megan, e é mais claro ainda, que ele não teria força suficiente para fazê-lo. Entretanto, o ponto positivo para o enredo é que Megan também mantém uma regra irrefutável no quesito relacionamentos, a de não se envolver com homens ‘enamorados’ pelo perigo, o que deixa o casal em um patamar semelhante no que diz respeito a não estarem dispostos a engatar um relacionamento. Em meio a tantas regras e inúmeros motivos para não se envolverem, Megan e Gabe contam com a ajuda de duas jovens ‘casamenteiras’ decididas a uni-los, e rodeados por coincidências do destino, não demoram a deixarem-se levar pelo fogo da paixão que os consome.

Lemos então, pelo menos em um primeiro instante, sobre o desejo que rodeia o casal, elemento que garante boas doses de sensualidade ao livro. Entretanto, as barreiras criadas pelos personagens centrais são tão intensas, que até mesmo envoltos pela paixão eles não aceitam tais sentimentos, de forma que aos poucos vamos descobrindo a realidade por trás de tantos medos. E, como é de se esperar, foi dessa segunda parte da trama que eu mais gostei, quando somos confrontados pelo passado de Gabe e de Megan. Como leitora eu aprecio muito isso, a afronta ao medo, o amadurecimento e crescimento pessoal, e a forma incrível como o amor tende a transformar as pessoas. É óbvio que existem alguns elementos presentes na narrativa que são irreais, platônicos e improváveis em demasia, contudo, não é algo que me frustre como mulher ou como leitora. Este é um romance leve e simples como um conto de fadas moderno, um livro que descreve sobre recomeços e segundas-chances, e que mesmo que para alguns possa parecer fantasioso demais, não deixa de me sensibilizar com seu romance ‘água com açúcar’.

Novamente faço menção aos enredos familiares da trama. Simplesmente amo as descrições das festas e reuniões dos Sullivans, momentos em que os irmãos conversam, brigam e ‘metem o nariz na vida uns dos outros’. Além disso, não posso deixar de citar a qualidade da escrita da autora, que é fluida o suficiente para fazer com que o leitor não tenha vontade de desgrudar do livro. Além disso, gostei dos personagens principais, do cenário criado, e de toda alusão feita ao difícil trabalho dos bombeiros. Mais uma vez, somos presenteados com um bom livro sobre um romance doce e contemporâneo. Para os que gostam do gênero, não existem chances de decepção, contudo, para os que preferem romances tórridos e emocionalmente complexos, vale lembrar que essa não é a proposta da série da Bella Andre.

 

 

Quotes Preferidos

 “-Por favor’. Uma palavra nunca teve tantos significados em potencial, mas Gabe sabia que o quarto corria perigo de pegar fogo novamente se ele ficasse para tentar descobrir o significado desse “por favor”; se estava implorando para que ele ficasse… ou implorando para que ele fosse embora. Como bombeiro, tinha aprendido desde o começo de sua carreira a hora certa de entrar mais fundo nas chamas… ou de recuar para avaliar a situação.”

“-Ouvi dizer que sou irresistível – ele brincou.’ Maldito seja ele pelo jeito que sempre a fazia sorrir. Obviamente, se os sorrisos fossem tudo o que existiria entre ele, então tudo estaria bem.”

“-Então, convidá-la para a festa não tem nada a ver comigo?’ A irmã prendeu-o com um olhar que dizia saber exatamente o que ele estava sentindo por sua velha amiga. ‘- Você é quem me diz, Gabe. Tem alguma coisa a ver com você?”

“-Acho que a fascinação com o fogo faz sentido – comentou, devagar, como se considerando a ideia pela primeira vez. – Do contrário, você não teria tanta vontade de correr na direção dele em vez de fugir, como o resto de nós tenta fazer.’ Será que ela sabia que ele também era fascinado por ela? Que, mesmo sabendo que deveria se afastar, tudo o que queria era chegar mais perto dela?”

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