Payne, irmã gêmea do guerreiro Vishous, é finalmente libertada de sua mãe (a Virgem Escriba) e se revelará uma lutadora por natureza, descobrindo sua verdadeira essência. Ao sofrer uma lesão que a paralisa, o cirurgião Manny Manello é chamado para curá-la. Embora nunca tenha acreditado em vampiros, ele será logo sugado para o secreto e perigoso mundo da Irmandade dos vampiros-assassinos e seduzido por esta misteriosa mulher que precisa salvar. À medida que Payne e Manny descobrem que têm mais do que uma ligação erótica, eles precisam enfrentar o choque entre os mundos e uma dívida de séculos atrás que será cobrada de Payne e colocará tanto seu amor como sua vida em perigo. Uma paixão arrebatadora que promete ser quente… Essa ligação erótica entre os dois universos poderá se concretizar?
Editora: Universo dos Livros l 556 Páginas l Romance Sobrenatural Adulto l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 5/5
‘Amante Libertada’ é o nono livro da série Irmandade da Adaga Negra, que para quem não sabe, narra a história de um grupo de vampiros responsável por defender a sociedade (tanto a deles, quanto a nossa) das garras de seus inimigos, os redutores. Repleto de ação, suspense, desejo e muito romance, J. R. Ward criou um universo fantástico conectado ao nosso mundo, apresentando o lado obscuro e sobrenatural das ruas de Caldwell, em Nova York. É fato que a cada novo livro a autora conquista uma nova parcela de fãs, porém me arrisco a dizer que o romance supracitado é definitivamente o divisor de águas; graças a esse livro a trama adquire um novo rumo, levando a guerra e o inimigo a adquirem uma nova face. (Veja a resenha do primeiro volume da série AQUI).
Como característico da saga cada obra tem como centro a história de amor de um casal específico, entretanto a autora gosta de mesclar núcleos paralelos à trama, interligando totalmente a vida desses Irmãos. Desta forma, no livro em questão, a ênfase da narrativa está na vida de Payne, primeira personagem do sexo feminino a estrelar o papel principal nas obras da Ward, contudo lemos também sobre os conflitos que afligem Vishous (Irmão que acaba roubando a cena no decorrer da história), sobre o surgimento de um ‘novo’ Quinn (o que me fez ansiar por um livro só dele), um inusitado e necessário relacionamento dos vampiros com o teimoso, rabugento e pra lá de envolvente humano Manny, e, o principal, uma mudança brusca no núcleo dos vilões; Clã de redutores é pouco, agora a questão é política, uma guerra fria inteligente e perigosa, que usa a vingança como meio para o alcance de poder.
“… Durante a vida inteira perguntara-se por que nunca havia se apaixonado e agora havia a resposta. Estava esperando aquele momento, aquela mulher, aquela hora. Esta mulher é minha, pensou. E mesmo sabendo que aquilo não fazia sentido algum, a convicção era tão forte que não conseguia questionar.”
Quem leu os outros livros da série sabe que a aparição de Payne foi, no mínimo, inesperada. Depois de passar um longo período de tempo presa por ninguém mais, ninguém menos do que sua querida mãe, a jovem vampira finalmente quebra tal ligação de domínio, e tão logo começa a desfrutar de sua liberdade, acaba paralisada em uma maca hospitalar. Assim, no decorrer da narrativa ela precisa encontrar uma forma de lidar com tudo isso: o acidente; os costumes sociais diferentes; a complexa vida com os Irmãos; os segredos familiares que não foram totalmente esquecidos; e claro, o fato de que o único médico capaz de ajudá-la é um macho humano pelo qual ela se sente inexplicavelmente atraída. Nesse meio termo a presença de Manny, o médico em questão, é incrivelmente reconfortante, não só para a sua paciente Payne, mas também para o leitor que ansiava por revê-lo. – Você acompanha a série? Então tem que concordar comigo que a autora deixou muitos pontos soltos com relação ao médico no quinto livro da saga, contudo vale se animar, pois muitos desses questionamentos são finalmente respondidos, de forma que várias surpresas nos aguardam.
Minha relação com o livro foi de puro amor (- Sim nada de paixão avassaladora como nos outros volumes da trama, dessa vez foi apenas amor…). Amei o casal principal e a maneira como eles estabelecem uma forte ligação, mas amei ainda mais os mistérios que os unem. Sem mencionar no papel fundamental de Vishous na trama, demorou mas ele enfim me ganhou. Confesso que não era a maior fã do vampiro, só que isso mudou quando ele assumiu e confrontou seus medos, contando com a ajuda do Butch (LINDO!) para deixar suas máscaras caírem, revelando tudo o que guarda em seu coração, e exatamente por isso, achei que o livro é muito mais sobre ele do que propriamente sobre a Payne, fato que não é de todo ruim. Outro ponto positivo é o núcleo de vilões, a autora tomou um novo rumo para a história, dando dimensões inimagináveis para trama, de forma que agora a guerra conta com três lados conflitantes: Os Irmãos, os redutores e um grupo ameaçador que tende a colocar tudo em jogo.
Com relação a escrita da autora existe uma ambiguidade na maneira como ela anda apresentando os fatos. De certa forma ela deixou a série imensa, imensurável, repleta de sub tramas e pontos soltos, e isso tem um lado positivo e outro negativo. O bom é que garante a originalidade da saga, suas infinitas e imprevisíveis idas e vindas, e seus inúmeros segredos que enlaçam completamente os leitores, contudo, faltam detalhes e respostas. Queremos mais, muito mais, e esperar livros para que alguns fatos sejam explicados não é legal, e não pelo motivo de que tal fator deixa a escrita inconstante, mas sim porque isso acaba com os fãs, deixando-nos ávidos por mais segredos, por mais mistérios e muito mais detalhamento do passado e do presente desses Irmãos. – Dona Ward você definitivamente acaba com o coração de seus leitores, e mesmo assim nós te amamos; isso é que é talento nato para a escrita.
No geral estou bem curiosa para ler os próximos romances, e na espera ansiosa para que o 11º livro da série seja logo lançado por aqui! E se me perguntarem se eu indico a saga, OH SIM, mil vezes sim!
Quotes Preferidos
“Quando o tira foi até o armário para tirar o roupão e se vestir, V. olhou para a shellan do macho. ─ Está tudo bem, Vishous – ela disse. – Vai ficar tudo bem. ─ Não ansiava por isso. – Mas precisava fazer antes que se tornasse um perigo letal para si mesmo e para os outros. ─ Eu sei. E eu também te amo. ─ És uma bênção sem medida – pronunciou no Antigo Idioma. E, então, fez uma reverência para ela e se afastou.”
Obs.: Parei de reclamar das capas nacionais depois de ver algumas das imagens utilizadas por aí, estou de boca aberta com a falta de noção de algumas dessas capas (risos).
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