(NÃO LEIA A SINOPSE SE VOCÊ AINDA NÃO LEU O PRIMEIRO VOLUME DESSA TRILOGIA) Sophie Mercer achava que era uma bruxa. Essa foi a razão pela qual ela foi enviada para Hex Hall, uma escola para Prodígios inadimplentes (bruxas, metamorfos, e fadas). Mas isso foi antes de descobrir o segredo de família, e que sua paixão, Archer Cruz, é um agente do The Eye, um grupo com tendência a limpar os Prodígios da face da terra. Acontece que, Sophie é um demônio, um dos dois únicos no mundo, sendo o outro seu pai. O pior é que ela tem poderes que ameaçam a vida de todos que ela ama. Qual é precisamente porque Sophie decide que deve ir a Londres para retirá-los, um procedimento perigoso, que irá destruir seus poderes. Mas uma vez que Sophie chega, faz uma descoberta chocante. Seus novos amigos? Eles são demônios. Significa que alguém os está criando em segredo com planos assustadores para usar seus poderes, e provavelmente não para o bem. Enquanto isso, The Eye é colocado para caçar Sophie, e eles estão usando Archer para fazê- lo. Mas não é que ela tenha mais sentimentos por ele. Será que ela não tem?
Editora: Galera Record l 319 Páginas l Sobrenatural • Jovem Adulto l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 5/5
A Maldição é o segundo volume da trilogia Hex Hall (veja a resenha do primeiro volume aqui), saga que narra às aventuras da jovem Sophie Mercer no mundo dos Prodígios (criaturas sobrenaturais como lobisomens, vampiros, bruxos, fadas, entre outros). Depois de um feitiço mal sucedido ela é enviada para Hecate Hall, uma escola para prodígios indisciplinados, e lá, além de fazer amigos, se meter em vários problemas e se apaixonar pelo ‘cara errado’, Sophie é confrontada – literalmente, pelo passado de sua família, acabando por descobrir sua verdadeira origem. Agora, o que ela sabe, é que não é o que sempre pensou que era, e para enfrentar sua nova realidade é forçada a reencontrar seu pai (aquele que fingia que ela não existia) e ir para Londres compreender o que é ser um prodígio com tamanho poder. Nesse segundo volume da trilogia, indo muito além das férias dos sonhos, Sophie faz uma viagem que promete colocar seu mundo de pernas pro ar.
“-Ou talvez sua magia não seja nada destrutiva. A chuva de Doritos, a coisa da cama, isto… Talvez o problema seja que você cria demais, entende?”
Sabe aquele livro que termina te deixando ávido por sua continuação? Pois bem, é assim que me senti ao concluir a leitura de Hex Hall, eu simplesmente não via a hora de ler o segundo volume da trilogia. O fato é que a história termina em um ponto crucial para o andamento da trama, e é impossível não ficar ansioso para desvendar o futuro de Sophie. São muitas as dúvidas: a verdadeira identidade da jovem, como ela poderia seguir com seu relacionamento com o Archer, como seria o encontro com seu pai, e principalmente, o que ela poderia fazer com seus poderes. Porém, nada nos prepara para a guinada política tomada pela autora. Finalmente as máscaras caem e os chefes políticos se apresentam para liderar, e até mesmo incentivar, uma guerra que os Prodígios há muito tempo vinham tentando evitar. Assim, o que era um romance juvenil com foco na conturbada vida da bruxa Sophie, se transformou em uma história de luta pela sobrevivência dos seres sobrenaturais, e claro, na importância dessa jovem escolher por qual dos lados vai lutar.
A viagem de Sophie para Londres deu outra perspectiva para a história. Gostei muito da forma como ela aprende mais sobre seus poderes e sobre si mesma, como ela adquire um novo tipo de relacionamento com seu pai, como cria novos amigos e como fortalece seus instintos. É óbvio que nesse meio termo a autora abusa de alguns elementos clichês, até mesmo fazendo uso do temido triângulo amoroso, entretanto, existe algo em sua escrita que torna esses detalhes particulares e inesperados. De fato, a trilogia como um todo apresenta inúmeros clichês, contudo com uma narrativa tão envolvente como a da Rachel Hawkins, tais fatores realmente se tornam irrelevantes. E esse é o encanto da saga, mesmo com uma chuva de elementos previsíveis ela ainda é engraçada, surpreendente, emocionante e romântica na medida certa.
Devo citar que não é apenas a escrita da autora a responsável por tornar o livro tão gostoso; sua personagem principal também leva crédito por isso. Ela é irônica, engraçada, desastrada como qualquer pessoa normal, e simples como um jovem da sua idade deve ser. Ela tem todas as dúvidas, inseguranças e medos que refletem a idade, entretanto não fica alimentando-os, apenas vive um dia de cada vez, se dividindo entre a razão e o coração, desfrutando seus acertos e enfrentando seus erros. E o que falar do Archer? Ele é o tipo de personagem que faz falta no livro, aquele que esperamos e torcemos por se fazer presente. E ainda tem a melhor amiga de Soph, seus pais, seu aspirante a noivo (Sim, eu sei, eu sou má!)… Inúmeros personagens fortes e únicos.
No geral só posso dizer que a série é uma delícia, e olha que isso vem de uma leitora que anda fugindo de obras juvenis sobrenaturais. É claro que o livro não é do tipo profundo ou reflexivo, entretanto ele cumpre o papel de entreter o leitor, angariando várias risadas, muitos suspiros, e alguns tímidos olhares marejados. Se preparem para mais um final avassalador (realmente a autora gosta deles) e para muita aventura, suspense e romance! E que venha logo o último volume da trilogia, caso contrário meu pobre coração não aguentará de ansiedade.
Quotes Preferidos
“Que pena perdermos pessoas como ele. Você acha que aceitou a partida de alguém, que já lamentou o suficiente e que acabou, e aí tudo muda. Um detalhe faz com que você sinta que perdeu a pessoa de novo.”
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