Ninguém sabe o que aconteceu na noite em que Echo Emerson, uma das garotas mais populares da escola, se transformou em uma “esquisita” cheia de cicatrizes nos braços e alvo preferencial de fofocas. Nem a própria Echo consegue se lembrar de toda a verdade sobre aquela noite terrível. Ela só gostaria que as coisas voltassem ao normal. Quando Noah Hutchins, o cara lindo e solitário de jaqueta de couro, entra na vida de Echo, com sua atitude durona e sua surpreendente capacidade de compreendê-la, o mundo dela se modifica de maneiras que ela nunca poderia ter imaginado. Supostamente, eles não têm nada em comum. E, com os segredos que ambos escondem, ficar juntos vai se mostrar uma tarefa extremamente complicada. Ainda assim, é impossível ignorar a atração entre eles. E Echo vai ter de se perguntar até onde é capaz de ir e o que está disposta a arriscar pelo único cara que pode ensiná-la a amar novamente. No limite da atração é um livro sexy e envolvente sobre o amor de duas pessoas que estão perdidas e que juntas tentam desesperadamente se encontrar.
Editora: Verus l 364 Páginas l Mature Young Adult¹ l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 5/5
No Limite da Atração é o volume inicial da saga Pushing the Limits, que conta até o momento um conto e dois livros já publicados nos EUA (Pushing the Limits , Dare You To, Crossing the Line), e com um terceiro livro (Crash Into You) previsto ainda para esse ano de 2013. Cada uma dessas obras narra a história de um casal em particular, de forma que mesmo esses jovens apresentando um alto grau de amizade – o que faz com que eles participem paralelamente dos livros de seus amigos – cada volume tem início, meio e fim. Sendo assim, o enfoque desse primeiro romance está em Echo e Noah, dois jovens marcados por um doloroso passado e que, além de suas cicatrizes internas e externas, aparentemente não possuem mais nada em comum. Unidos pelo acaso, ela, ex-popular atual pária social, e ele, ex-garoto de ouro atual garoto-problema, descobrem que a aceitação da dor também pode ser a chave para o amor.
“O pior tipo de choro não era o que todo mundo podia ver – os gemidos, as roupas rasgadas. Não, o pior tipo acontecia quando sua alma chorava e, não importava o que você fizesse, não havia consolo. Algo murchava e se tornava uma cicatriz na parte da alma sobrevivida. Para pessoas como Echo e eu, a alma tinha mais cicatrizes do que vida.”
Existem livros que te preparam para um cenário completamente previsível, e por mais ansiosa que eu estivesse para ler No Limite da Atração, inicialmente ele me pareceu ser exatamente esse tipo de obra. Eu já imaginava como seria o envolvimento do casal principal, já esperava pelos conflitos narrados, já previa quais seriam suas dúvidas, e principalmente, levando em conta o título e a sinopse do livro, já havia me preparado para um romance arrebatador do tipo que começa pelo desejo, mas não tarda a virar amor. Porém, mais uma vez eu me enganei. O ponto central da história não é o romance, pelo menos não sob meu ponto de vista; o que realmente toca e envolve o leitor é a intensa carga emocional que gira em torno de Noah e Echo. Seus medos, cicatrizes e traumas são tão profundos que é impossível se desvencilhar deles e, em certos momentos, é como se estivéssemos experimentando na pele cada uma das memórias que marcam e moldam esses jovens. A dor é tamanha que a leveza do romance se perde, o que faz do amor presente na narrativa, na melhor das hipóteses, um bote salva-vidas, ou na pior delas, um pedregoso caminho de perdas, raiva, aflição, e também, de superação.
Echo sofreu um acidente que a transformou completamente. Ela era popular, conhecida por sua beleza e inteligência, tinha um bom namorado e várias amigas, mas depois de retornar para a escola com os braços repletos de cicatrizes e sem um pingo de memória sobre o que aconteceu com ela, as coisas mudam, e seu local preferido para o almoço deixa de ser a mesa dos populares no refeitório para virar um canto recluso na biblioteca. Contudo, perto de seus problemas familiares suas dificuldades na escola são quase irrelevantes. Além das marcas, dos pesadelos, e do medo, Echo tem que lidar com um pai controlador e inflexível, com uma perda recente, e com uma madrasta com idade para ser sua irmã mais velha. E mesmo assim, ao contrário do que pode parecer, o livro não se inicia focando no pior momento da vida dessa jovem, mas sim em sua luta para fazer as coisas voltarem ao normal; mesmo que para isso ela tenha que fingir ser a Echo de antes do acidente, uma Echo que não existe mais.
Acrescentando mais emoção a essa equação conhecemos Noah, um jovem que aparentemente não passa de um mulherengo e de um drogado, e que faz de tudo para manter sua ‘boa pinta’ de bad boy. Como a narrativa é intercalada entre Echo e Noah, ou seja, cada um deles é um locutor de um capítulo, é fácil mergulhar em suas vidas, e em particular, se deixar envolver por Noah, um rapaz que perdeu tudo e que, por esse motivo, deixou de ligar para o que os outros pensam sobre ele para focar em um único objetivo: ter parte de sua antiga vida de volta, o que significa lutar pela normalidade e segurança do que resta de sua família.
A compreensão, a dor da perda e a luta em comum que unem esses jovens também tornam o relacionamento entre eles extremamente tocante. Ficamos a mercê das emoções e dos sentimentos narrados, e impulsionados pela curiosidade de conhecer o que realmente aconteceu com eles somos ligados ao livro, experimentando um frenesi que não nos permite interromper a leitura. Mas isso não é causado apenas pela curiosidade ou pela intensidade emocional da história, a escrita da autora – principalmente a construção de seus personagens – também colabora diretamente para isso. Chorei, ri, torci, me apaixonei, são infinitas emoções, e o mais importante é que elas estão ligadas a vários aspectos da vida desses jovens, e esse sim é o grande ponto do livro. Não se trata apenas do romance, mas também do drama familiar, do medo do futuro, da perda de um ente querido, da construção de amizades verdadeiras, e da luta desses jovens para superar o passado e a dor causada por ele.
Entretanto, mesmo esse não sendo o ponto alto da trama, o romance também é uma delícia; proibido, intenso, transformador, uma relação capaz de curar e dar esperanças. O amor como um todo presente na obra é notável, seja ele entre amigos, namorados ou familiares. Sabe aquele tipo de livro que carrega uma mensagem incrível, além de entreter com o romance e com o drama? Pois bem, é assim que No limite da Atração é. De fato não poderia ter me apaixonado mais pela história, pela autora e por seus personagens. Minha única ressalva é quanto sua prospecção em suavizar um aspecto em especial da trama, parece-me que a autora quis focar no lado jovem dos personagens, negando a eles algumas experiências adultas não por eles não estarem prontos, mas por não querer ser mais um livro com tal abordagem. Não posso explicar mais para não dar spoilers, mas como tenho lido muitos livros assim ultimamente, senti falta de tal ponto por achar que ele seria mais uma comprovação do crescimento e amadurecimento dos personagens principais.
E para aqueles que se perguntam se a obra é semelhante ao livro Belo Desastre a resposta é não. Apesar de o livro poder ser classificado como um New Adult, e de apresentar um elemento semelhante ao de Belo Desastre como o relacionamento entre a ‘boa menina’ e o ‘bad boy da escola’, ele tem um teor social mais profundo assim como os romances Química Perfeita e Crash, contudo se você gostou de Belo Desastre, com certeza gostará desse livro. Assim como eu, que me apaixonei por ele.
Veredito final? Aprovado e indicado!
Nota¹: Gênero Jovem adulto Maduro. Não classifiquei o livro como New Adult, pois sua narrativa tem como pano de fundo uma fase anterior a esse gênero, entretanto a obra também não poderia ser classificada como um simples jovem adulto, afinal trata de um momento em que o futuro e a possibilidade de ir pra uma faculdade e/ou escolher uma profissão é incerto. Para saber mais a respeito dessa classe, confira o post feito pela Giu do blog Amount Of Words (AQUI).
Quotes Preferidos
“-O que isso significa para nós? (…) – Significa que você é minha.”
“Esse era Noah Hutchins. O Noah Hutchins que recusava relacionamentos estáveis ou até mesmo sair com garotas. O Noah Hutchins que só queria transar por uma noite. Um drogado. O oposto de mim. E, neste momento, tudo o que eu queria.”
“Um dia ela descobriria que era boa demais para um fracassado como eu e, quando ela partisse, eu não saberia como lidar com a dor.”
“-Nunca fica melhor – eu disse. – A dor. As feridas cicatrizam e você nem sempre sente que tem uma faca atravessando o seu corpo. Mas, quando você menos espera, a dor aparece pra te lembrar que você nunca mais será a mesma.”
Promoção
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