Há três anos, a colunista Theresa Osborne se divorciou do marido após ter sido traída por ele. Desde então, não acredita no amor e não se envolveu seriamente com ninguém. Convencida pela chefe de que precisa de um tempo para si, resolve passar férias em Cape Cod. Durante a semana de folga, depois de terminar sua corrida matinal na praia, Theresa encontra uma garrafa arrolhada com uma folha de papel enrolada dentro. Ao abri-la, descobre uma mensagem que começa assim: “Minha adorada Catherine, sinto a sua falta, querida, como sempre, mas hoje está sendo especialmente difícil porque o oceano tem cantado para mim, e a canção é a da nossa vida juntos.” Comovida pelo texto apaixonado, Theresa decide encontrar seu misterioso autor, que assina apenas “Garrett”. Após uma incansável busca, durante a qual descobre novas cartas que mexem cada vez mais com seus sentimentos, Theresa vai procurá-lo em uma cidade litorânea da Carolina do Norte. Quando o conhece, ela descobre que há três anos Garrett chora por seu amor perdido, mas também percebe que ele pode estar pronto para se entregar a uma nova história. E, para sua própria surpresa, ela também. Unidos pelo acaso, Theresa e Garrett estão prestes a viver uma história comovente que reflete nossa profunda esperança de encontrar alguém e sermos felizes para sempre.
Editora: Arqueiro l 288 Páginas l Romance l Compre aqui: Amazon l Skoob l Resenha: Day Farias l Classificação: 3/5
Uma história comovente que reflete nossa profunda esperança de encontrar alguém e sermos felizes para sempre… é isso que está escrito nas partes finais da sinopse na contra capa desse livro e vocês não têm ideia de quantas vezes li e reli esse trecho. E, em cada uma dessas vezes, percebi cada vez mais quão verdadeiro ele é. Afinal, admitindo ou não, a maior parte de nós tem em si essa profunda esperança de encontrar alguém que finalmente nos faça sentir que nossa presença neste planeta é justificada simplesmente pelo fato dessa outra pessoa nos amar de volta. Ou – se você for um desses sortudos que finalmente descobriu o amor – é sua a história que nós, aqueles que ainda se mantém procurando, ouvimos por aí; de alguém que finalmente encontrou e que pode afirmar sem sombra de dúvidas que se sentir assim é possível, que essa esperança não é infundada e não deve ser perdida.
Muitas vezes a esperança do “amor eterno” é fonte de dor e desilusão, contudo é fato que é ela quem nos impulsiona em direção ao ‘felizes para sempre’ que nós não entendemos muito bem qual aparência tem, mas que secretamente sabemos que uma parte de nós – mais profunda do que qualquer outra – vai reconhecer a pessoa que mudará tudo. E, pra mim, você pode estar com vinte ou cem anos, pode ainda estar procurando ou estar plenamente convencido de que o amor é uma lenda… Não importa, ainda assim você vai saber quando o encontrar. E sabe todas essas nossas teorias? – e até mesmo essa, que você está lendo? – serão jogadas pela janela no exato momento em que isso acontecer. Até mesmo se você estiver vivendo um momento de desilusão, aflição ou descrença, que te faça pensar “é isso, o amor não é pra mim”, você certamente vai saber quando o amor chegar e vai acreditar, da mesma forma que Garrett e Theresa me fazem confiar e ter fé.
Theresa Osborne é uma mulher de pouco mais de 40 anos bem sucedida, divorciada, mãe… em suma totalmente diferente de todas as personagens que costumo ler. Por isso, sabia que seria um ‘choque de gêneros’ começar esse livro, mas ao mesmo entendia que precisava de uma mudança como essa – E o mais interessante foi que Nicholas parecia saber disso! Ele não me jogou simplesmente no mundo de Theresa, não permitindo que eu fosse confrontada pelo estilo de vida da personagem, que precisa equilibrar tudo com muita inteligência: ser uma boa mãe, ser uma ótima profissional e, mesmo em meio a isso, não esquecer de se respeitar como uma mulher. Somos então apresentados a esse estilo de vida aos poucos e, em questão de páginas, mesmo que nossa vida seja completamente diferente de tal realidade, é impossível não se conectar de alguma maneira. Entendemos a dor do divórcio que a personagem passou – resultado de uma terrível traição – e o medo de não conseguir manter um relacionamento próximo com seu filho em meio a tantas obrigações. Cada medo e detalhe compartilhado faz com que nos sintamos amiga da personagem, e logo entendemos que se alguém merece um romance do Nicholas Sparks em sua vida, é ela. E parece que o universo concorda conosco já que quando ela menos espera, a vida lhe dá uma oportunidade rara e, que no fundo todos nós estamos esperando também.
“Sei que de alguma forma cada passo que dei desde o momento que aprendi a andar foi um passo na sua direção. Fomos destinados a ficar juntos.”
Theresa encontra uma carta perdida no mar dentro de uma garrafa na qual estão os sentimentos mais profundos e secretos de alguém, Garrett, que a alcançam de uma maneira que as palavras de um completo desconhecido (o que ele é pra ela) não deveriam conseguir fazer, de uma maneira que a faz pensar que isso possa significar que a sua vida e a dele talvez estejam ‘destinadas’ a se encontrar. Então a grande questão é: se a vida te desse uma única chance em um milhão de viver todo o amor que você – secretamente – tem sonhado, o que você faria? Theresa vai agarrar essa oportunidade com o coração aberto e ambas as mãos, mas será que duas pessoas que tiveram suas vidas marcadas por diferentes tipos de perdas estão prontas para dar uma chance a si mesmos e, principalmente, à vida?
Esse livro foi minha primeira experiência com o Nicholas Sparks, um autor que definitivamente divide opiniões e tenho que dizer que, após a leitura, demorei um pouco para formar a minha. Acho que, mesmo com os alertas que recebi, acabei indo para esse livro com grandes expectativas que no fim foram frustradas; talvez por ter visto tantas adaptações de seus livros que me arrancaram lágrimas, suspiros e sorrisos, esperei que o livro me alcançasse ainda mais profundamente, mas não foi o que acabou acontecendo.
Embora eu tenha torcido, gostando de ter ‘conhecido’ personagens como os criados por Nicholas, e me identificado com alguns traços deles, eu não consegui alcançar o nível de conexão necessária para apreciar até a última página e sentir completamente essa história de amor de duas pessoas que precisavam ser curadas e aprender a seguir em frente. Em alguns momentos a leitura se arrastou e, por vezes, não consegui acreditar no relacionamento que os dois estavam construindo sem perceber, o que acabou me fazendo largar o livro diversas vezes e só conseguir voltar a lê-lo no dia seguinte – característica que me levou a pensar que faltou algo de essencial nessa história. O fato é que, mesmo que o ritmo inicial tenha me ajudado a mergulhar na narrativa, a conhecer Theresa e de certa maneira fazer parte de sua vida, com o passar de páginas isso acabou por manter a narrativa um tanto quanto lenta e superficial. Porém, mesmo que esse livro tenha sido mediano para mim, não vou desistir desse autor! – risos. Ainda pretendo ler O Diário de Uma Paixão – cujo filme me conquistou completamente, diga-se de passagem – e quem sabe, finalmente me apaixonar por sua escrita!
“Seus sentimentos dizem muito sobre você (…) Você é o tipo de pessoa que ama para sempre.”.
Beijos!
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