Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas… Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele… Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.
Editora: Arqueiro l 288 Páginas l Terror l Compre aqui: Amazon l Resenha: Day Farias l Classificação: 3/5
Perturbador. É a primeira palavra que me vem à mente quando penso sobre a leitura de Os Três. Um livro que, logo de início, me pareceu parado e um tanto entediante mas que, a partir de certo ponto da leitura, me preencheu com sentimentos de apreensão e suspense em que, página após página, me via cada vez mais presa e ansiosa pra saber o desfecho da história criada por Sarah Lotz.
Quatro aviões caem, em diferentes partes do mundo, quase ao mesmo tempo… quais as chances de isso acontecer? Mas, ainda mais inacreditável é o fato de que, em acidentes tão terríveis quanto os que ocorreram, ainda existiram sobreviventes; três pra ser específica: Bobby, Jess e Hiro. Três crianças que não teriam nada em comum se não fosse essa tragédia, mas que de alguma maneira se conectam quando perguntas surgem ao redor de sua milagrosa sobrevivência. As mais diferentes teorias surgem e enquanto, capítulo após capítulo, somos apresentados as declarações de inúmeras pessoas envolvidas no caso dos Três, temos a chance de criar nossas próprias conclusões… Alienígenas? Cavaleiros do Apocalipse? Ou, crianças-Milagre? Qual o mistério dessas crianças?
Sendo sincera, esse gênero de leitura definitivamente não pertence a minha zona de conforto literária e, na verdade, foi exatamente por isso que eu quis lê-lo: ultimamente vinha lendo sempre a mesma linha de histórias e pensei: Por que não? E, claro, o comentário de Stephen King na contra capa também me motivou um tanto – risos! O fato é; esse livro, como disse no começo da resenha, me perturbou muito. O modo como Sarah apresenta e monta a sua história é tão convincente e real que, por vezes, me deixou um tanto quanto paranoica. O livro, depois de algumas páginas, se torna completamente viciante e é impossível não ler vorazmente em busca do desfecho da história dessas crianças com essa neblina de mistério tão densamente ao seu redor. Mas, o que mais me chamou a atenção nessa leitura foi o espaço que a autora dá ao seu leitor para tirar suas próprias conclusões sobre o caso. Ela apresenta fatos, notícias e depoimentos e é sua a decisão de acreditar em qualquer uma das teorias ou de criar a sua própria.
Enfim, não me arrependo da leitura de Os Três no entanto sei que vou me manter longe do gênero por um tempo; simplesmente não somos compatíveis – risos! Mas, para os fãs de leituras como essa, sei que vai agradar. É um livro intenso e perturbador que não indico aqueles mais sensíveis (como eu!), mas que cumpriu seu papel em assustar e causar impacto; quantos livros desse gênero conseguem realmente arrancar essa reação do leitor?
Book Trailer
Beijos!
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