Ambrose Young era lindo. Alto e musculoso, com cabelos que passavam dos ombros e olhos que hipnotizavam. O tipo de beleza que estava nas capas de romances, e Fern Taylor sabia disso. Ela lia esses livros desde os 13 anos. Mas talvez por ele ser tão lindo ele fosse alguém que Fern jamais pensou em ter…até que ele deixou de ser lindo. Making Faces é a história de uma cidadezinha onde cinco jovens vão para a guerra, mas apenas um retorna. É uma história de perda. De perda coletiva, perda individual, perda da beleza, perda da vida, perda da identidade. É o conto do amor de uma garota por um garoto machucado, e o amor de um guerreiro por uma garota nada especial. Essa é uma história de amizade que supera a dor, heroísmo que desafia as definições comuns, e o conto moderno de A Bela e a Fera, onde nós descobrimos que há um pouco de beleza e feiura em todos nós.
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“(…) E então nós suportamos. Temos fé de que há um propósito. Esperamos pelas coisas que não podemos ver. Acreditamos que há lições na perda, poder no amor, e que temos dentro de nós o potencial de uma beleza tão magnífica que o nosso corpo não pode contê-la.”
Poderia dar mais detalhes a respeito da trama, mas acho que o triunfo da autora são as surpresas por trás de sua narrativa. Confesso que já imaginava qual seria o desfecho do livro, mas o fato é que eu nunca adivinharia os caminhos que os personagens principais traçariam até chegar ao ponto final. São tantas perdas, tantas lições de vida, que cada capítulo é como uma bofetada, uma dolorosa reflexão a respeito das nossas inseguranças, dos nossos medos e da nossa fé. De longe o melhor do livro é a mensagem que ele carrega, o aprendizado que ele proporciona ao leitor – característica que eu amo nesse tipo de livro. Outros pontos positivos são as citações literárias (Shakespeare ♥), as menções bíblicas que fortalecem os protagonistas e que fazem o leitor refletir, o amor acima do desejo físico, e a narrativa intercalada entre presente e passado. Essa é, sem dúvida, uma história belamente construída e desenvolvida. Tal leitura foi dolorosa, emocionante e reconfortante.
A única coisa que me incomodou no livro foi à narrativa em terceira pessoa. Entendo que foi por meio dela que a autora uniu as histórias de seus personagens principais, mas tenho que ser sincera e dizer que o início da leitura foi um pouco cansativo. Tanto é que eu quase desisti da leitura. Porém valeu a pena ser persistente, valeu muito a pena. – Sorte nossa que a Verus vai publicar esse livro aqui no Brasil.
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