Paradoxo – Sofia Strause é uma jovem comum de dezoito anos. Exceto pelo fato de que seus pais estão mortos, o céu agora é vermelho, e a temperatura não passa de 5o C. Sammy não é humana. Criada pela Worldeavor Dymanic, é uma inteligência artificial que substituiu a velha internet. Mas, contrariando todas as expectativas, ela evoluiu. E, o que começou como o maior avanço da tecnologia, acabou no maior pesadelo da humanidade. São tempos difíceis para os homens agora, em 2078 – oito anos após perderem a Guerra de Occam, Controlado pelo Red Dawn – o exército robótico de Sammy-, eles só têm duas alternativas: ou se tornam pacificadores, aliados às máquinas, ou vivem escravizados, como sobreviventes. Sofia não é nenhum dos dois, e tudo indica que ela é a peça que falta nesse quebra- cabeças. Com revelações surpreendentes, traições e amizades inesperadas, Paradoxo nos convida a responder: O que nos torna humanos? Enquanto nos leva a um futuro incerto, onde o amor luta todos os dias para sobreviver.
Editora: Novo Século l 351 Páginas l Distopia l Compre aqui: Amazon l Skoob l Resenha: Day Farias l Classificação: 4,5/5
O meu maior “projeto” em relação ao mundo literário esse ano é, definitivamente, dar bem mais atenção aos autores nacionais. E é isso que tenho tentado fazer, buscando parcerias em meu próprio blog (o Letras Eternas) além de, sempre que houver a oportunidade, apostar minhas fichas em um livro nacional. Foi através desse plano que Paradoxo chegou até mim e eu não poderia estar mais feliz em tê-lo escolhido!
Sendo criativa e realista em meu gênero favorito, a distopia, Vanessa Aguiare nos transporta para o ano de 2078 onde o mundo enfrenta uma ameaça já apontada por vários filmes de ficção: o domínio das máquinas sobre os seres humanos. “O futuro começou” (um futuro do qual nenhum ser humano gostaria de fazer parte, diga-se de passagem – risos!), é o lema da Red Dawn, uma corporação que controla o mundo através da inteligência artificial mais poderosa já criada; chamada de Sammy. Os humanos agora são escravizados pelas máquinas que um dia criaram, vivem sem esperança e Sofia, nossa protagonista, é uma dessas pessoas. Sozinha, a não ser pela companhia do seu melhor amigo Rafael, ela passa seus dias servindo e odiando as máquinas… pelo menos é assim até ela descobrir fatos sobre si mesma, e sobre a sociedade na qual vive, que podem mudar não só o seu futuro, mas o de todos. Ela pode ser a esperança. Mas, qual será o preço da vitória? Ela está disposta a pagar?
De maneira rápida e fluída, a escrita de Vanessa Aguiare me conquistou desde o início; integrando-nos a essa nova realidade criada por ela (mas ao mesmo tempo, sem cometer o erro de nos dar informações demais ou, pelo contrário, nos deixar completamente às cegas), o modo como a escrita se desenrola torna tudo aquilo muito real e vívido, desde o céu em tom vermelho até a total falta de esperança. A leitura desse livro – meu primeiro contato com uma autora nacional escrevendo distopia – foi realmente uma ótima surpresa! Confesso que não imaginei, ao começar a leitura, quão envolvida eu ficaria com aquele futuro tão assustador e com os personagens criados por Vanessa, muito menos pensei que acabaria a leitura ansiosa por sua continuação – que eu espero ter em breve!
Combinando ficção, romance e aventura, essa escritora cria uma história que nos envolve completamente. Podendo imaginar com clareza tudo o que se passa, além dos sentimentos de revolta e medo da humanidade naquela situação, a leitura se torna viciante rapidamente e, quando dei por mim, já estava nas páginas finais, ansiosa por mais!
Inteligente, bem construído, fascinante, assustador, cativante… são tantas palavras que eu poderia usar pra descrever essa distopia nacional, mas prefiro fechar essa resenha com um conselho; leia! Dê uma chance sempre não só a esse livro, mas aos vários talentos ainda desconhecidos no nosso país! É o que tenho feito e, posso dizer com toda a sinceridade, que tenho sido conquistada cada vez mais e que me orgulho mais a cada página virada, de ter autores como esses por aqui ♥.
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