“Querido John”, dizia a carta que partiu um coração e transformou duas vidas para sempre. Quando John Tyree conhece Savannah Lynn Curtis, descobre estar pronto para recomeçar sua vida. Com um futuro sem grandes perspectivas, ele, um jovem rebelde, decide alistar-se no exército, após concluir o ensino médio. Durante sua licença, conhece a garota de seus sonhos, Savannah. A atração mútua cresce rapidamente e logo transforma-se em um tipo de amor que faz com que Savannah prometa esperá-lo concluir seus deveres militares. Porém ninguém previa o que estava para acontecer, os atentados de 11 de setembro mudariam suas vidas e do mundo todo. E assim como muitos homens e mulheres corajosos, John deveria escolher entre seu país e seu amor por Savannah. Agora, quando ele finalmente retorna para Carolina do Norte, ele descobre como o amor pode nos transformar de uma forma que jamais poderíamos imaginar.
Editora: Novo Conceito l 288 Páginas l Romance Contemporâneo l Compare & Compre: Saraiva • Submarino • Amazon l Skoob l Classificação: 5/5
Não é segredo para ninguém que a minha relação com os livros do Nicholas Sparks não é das melhores. Na maioria das vezes não consigo me envolver com suas histórias que, exatamente por esse motivo, tornam-se leituras arrastadas e pouco atraentes. Entretanto, resolvi tentar mais uma vez e ler Querido John, livro que superou minhas expectativas e finalmente me fez compreender o motivo do autor ser tão aclamado pelos fãs. A obra, que para muitos não é a melhor do Sparks, foi uma das leituras mais especiais que fiz esse ano, afinal ela foi capaz de me proporcionar uma ampla variedade de emoções e aprendizados. De fato, adorei a leitura desde o início e com seu belo final aprendi a amá-la. – Que bom que resolvi dar mais uma chance ao autor!
A trama começa no ano de 2006, com John falando brevemente do seu presente e, através de suas lembranças, retornando para 2000, ano em que ele conheceu Savannah e viu sua vida mudar completamente. Quando adolescente, John refletia em suas ações a relação complicada que mantinha com o pai. Ele foi um rapaz irresponsável e arredio, porém dois anos após concluir o ensino médio resolveu se alistar no exército e assumir o controle de sua vida. No esquadrão ele fez bons amigos, conquistou uma posição respeitável, amadureceu e, principalmente, enfrentou grandes desafios. Em sua primeira licença do exército, John conheceu Savannah. A jovem, dona de um grande coração e de um sorriso cativante, arrebata o coração de John, de forma que em duas semanas (período de férias que possuem para ficar juntos) eles se apaixonam completamente e decidem fazer esse amor durar para sempre. Ter que esperar um ano por John assusta Savannah, contudo a esperança da vida que construirão juntos mantêm a chama do amor acesa. Mas, quando o ataque de 11 de setembro ocorre tudo muda, até mesmo as certezas que John e Savannah tinham para o futuro. – Será esse amor capaz de resistir por longos anos de separação?
“Quando estávamos juntos, tínhamos o poder de mantê-lo girando e o resultado era beleza, magia e um sentimento quase infantil de espanto; quando estávamos separados, o movimento inevitavelmente começava a desacelerar. Nós nos tornávamos vacilantes e estáveis, e sabia que tinha de encontrar um modo de nos impedir de tombar”.
O desfecho do livro não foi o que eu esperava, entretanto gostei de como as coisas terminaram. Não é o típico final feliz, mas de certa forma é real e tocante. Com essa história o autor dá vida a um amor de sacrifícios, um amor que doa sem esperar nada em troca. – E não é exatamente esse o verdadeiro sentido de amar? Gostei mais do que esperava do livro. Achei a narrativa fluída, o John encantador, e o final digno de uma bela história de amor. Diferentemente do esperado, não chorei litros e também não achei a trama extremamente melodramática. Muito pelo contrário, ela é simples e direta, trazendo à tona a capacidade do ser humano de se sacrificar em nome das pessoas amadas. E uma ressalva, não se baseie no filme, o final da adaptação é diferente do escrito pelo Sparks, o que para mim é uma pena, já que o final real é bem mais rico e emocionante.
Mordo a língua e indico a obra de olhos fechados!
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