A autora e Best-Seller do New York Times, Colleen Hoover, retorna com uma inesquecível história de amor entre um escritor e sua inesperada musa. Fallon conhece Ben, um autor aspirante, no dia em que sua mudança para o outro lado do país estava marcada. A intensa atração entre eles os leva a passar o último dia de Fallon em Los Angeles juntos, sua vida movimentada se torna a inspiração criativa que Ben sempre buscou para os seus livros. Ao longo do tempo e em meio a várias atribulações das suas vidas separadas, eles continuam a se encontrar na mesma data, todos os anos. Até que um dia Fallon começa a desconfiar se Ben tem lhe contado a verdade ou se tem fabricado uma realidade perfeita visando uma reviravolta final.
296 Páginas l New Adult l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 4/5
É fato que a Colleen Hoover nunca me decepciona. Seus livros são na medida certa para os românticos de plantão: apaixonantes, surpreendentes, dramáticos e emocionantes. Não adianta negar, amo livros que descrevem a capacidade única que o amor tem de nos curar – talvez porque eu acredite nisso, mas o ponto é que sempre que me deparo com uma história de amor caótica, impensável e repleta de recomeços, me derreto toda. Então é óbvio que amo os livros da Colleen, afinal ela é mestra em tocar nossos corações e criar romances repletos de dor e magia, ou seja, em criar histórias de fantasia que falam sobre a vida real. Adianto que November 9 não é o melhor livro da autora, ele não pode ser comparado com Um caso Perdido ou Ugly Love, entretanto a história é fofa, emocionante, encantadora e incrivelmente tocante.
Em um nove de novembro que parecia nebuloso e triste, Fallon encontra seu pai para um café da manhã. Como sempre, ele age como se os últimos anos não tivessem sido um inferno para a filha, esquecendo que por culpa dele, Fallon teve que abrir mão dos seus sonhos e do seu futuro: depois de um acidente ela perdeu tudo o que tinha. Do outro lado da cabine Ben escuta a conversa entre pai e filha e, inconformado com a atitude dele, resolve interferir. E é nesse momento que a vida deles muda completamente. Fazia tempo que Fallon não era defendida por alguém ou que um rapaz parecia não ligar para sua aparência (que ela creditar estar “danificada” desde o incêndio). Então completamente encantada, Fallon resolveu passar o dia ao lado desse charmoso estranho, aproveitando a companhia dele para esquecer tudo o que a data atual representa. E o fato é que o encontro significa tanto para ela e para Ben, as horas que passam juntos marcam tão significativamente suas vidas, que eles assumem o compromisso de se encontrarem anualmente, durante cinco anos, em todo nove de novembro a partir do primeiro encontro. Inicialmente a ideia é ajudar Ben a escrever um livro de romance baseado nesses encontros, contudo a intenção muda com o passar dos anos. Portanto, a história descreve cada nove de novembro de Ben e Fallon, mostrando-nos como eles mudam ao longo dos anos, como se envolvem mais e mais a cada encontro, e como carregam nos ombros fardos e segredos pesadíssimos.
Okay, vamos começar pelo óbvio: você já viu essa ideia de encontros anuais antes (lembra de Um dia e de como choramos com ele? Risos.). Sendo assim, o contexto central de November 9 não é muito inovador, contudo a escrita da Colleen é mágica ao ponto de transformar um clichê em algo único. E o motivo por trás disso é o que mais gostei na obra: os encontros são mais do que uma forma deles obrigatoriamente se verem ou do Ben escrever seu primeiro romance, eles representam – tanto para Ben quanto para Fallon – uma chance de recomeçar. A cada novo encontro o leitor vai percebendo o quanto os protagonistas estão quebrados e o quanto a amizade entre eles os ajuda a superar seus maiores medos. Para Fallon é doloroso, afinal ela passou anos fechada em uma bolha de culpa, raiva e autodepreciação. Mas graças ao Ben, com suas palavras carinhosas e incentivadoras, ela aprende a se amar exatamente como é. – E daí que a maioria das pessoas a acha feia ou repugnante? E daí que seu próprio pai não olha em seus olhos? E daí que poucos veem a beleza além de suas cicatrizes? Ela sabe que é linda, forte e decidida, ou pelo menos aprende a se ver assim graças ao carinho do Ben. Já Ben é o tipo de personagem que irradia luz. Ele quer fazer o bem e ajudar as pessoas que ama, e toma para si a meta de mostrar para Fallon o quanto ela é especial. Mas no fundo, percebemos que ele também está quebrado e que ajudá-la, de certa forma, é um caminho para que ele próprio se ajude. E eu amei tanto isso! Amei como a dor dos personagens é presente na narrativa, amei como seus medos e inseguranças vão mudando ao longo dos anos por causa da influência positiva que cada encontro gera sobre eles, e amei o fato de que juntos eles aprendem o que é amar e o quanto esse sentimento pode ser doloroso. Fora isso, também amei que o relacionamento deles é todo focado no perdão e nas segundas chances da vida.
Outro ponto positivo da história é o fato da narrativa durar vários anos. De início achei que a trama poderia ficar superficial ao focar apenas nos encontros e não na vida dos protagonistas durante os anos passados, entretanto a autora fez um dia valer por milhares, afinal era nítido nos personagens o quanto eles amadureceram ao passar dos meses – a cada encontro Ben e Fallon são novas pessoas, e eu adorei isso. Além disso, temos um enfoque nos dramas familiares de cada personagem, em seus medos e inseguranças profissionais, e em um segredo que ameaça ruir o relacionamento que eles construíram ao longo do tempo. Não vou negar, em determinado momento achei o segredo do livro previsível, porém isso não o torna menos doloroso, muito pelo contrário, ele nos faz refletir no quanto a vida é inconstante.
Sendo assim, no geral o livro é envolvente, cativante e emocionante. Ao focar no perdão e no amadurecimento dos personagens, a autora nos faz pensar na mágica do amor que cura e renova vidas. Simplesmente adorei!
Beijos!
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