Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.
Editora: Seguinte l 368 Páginas l Romance • Fantasia l Compare & Compre: Saraiva • Amazon • Submarino l Skoob l Classificação: 4/5
A cada livro que leio da Kiera Cass fico um pouco mais apaixonada por sua narrativa. Com cenários surpreendentes, personagens fortes e belas histórias de amor, a autora sempre me faz devorar suas obras – e me apaixonar completamente por elas! Confesso que não esperava muito de A Sereia, afinal esse é apenas o primeiro livro escrito pela Kiera. Porém, a autora não só provou seu talento nato, como também mostrou que uma história simples e romântica – no melhor estilo contos de fadas – pode ser mágica e surpreendente.
Em A Sereia conhecemos a história de Kahlen, uma jovem de dezenove anos que vive como sereia há oitenta anos. Anos atrás, enquanto viajava de navio com os pais e irmãos, Kahlen viu a água usar belas sereias para atrair e naufragar a embarcação em que estava. Mesmo diante o caos a jovem foi salva da morte, isso porque aceitou o chamado da água de trabalhar para ela durante cem anos – Kahlen queria viver o suficiente para realizar seus maiores sonhos. Desde então, a sereia é o braço direto da água: cuidando de suas jovens irmãs sereias, matando a fome da água ao incitar mais e mais mortes ao mar, e nunca desobedecendo às regras impostas. Como sereia, Kahlen é eficaz e disciplinada, porém seu coração de menina está cada vez mais apertado com o peso das mortes que ela causou, da dor de não saber como viver mais vinte anos desempenhando as tarefas de uma sereia e, principalmente, com a falta de perspectiva de realizar seu maior sonho, o de amar e ser amada. A vida não tem sido fácil para Kahlen e para suas irmãs sereias, com o passar dos anos elas estão cada vez mais desmotivadas, solitárias e inconformadas com o constante domínio da água. Elas precisam achar uma forma de viver sem abandonar seu lado humano, e é nesse momento que Kahlen conhece Akinli, jovem que mudará completamente o rumo da sua vida.
O que mais gostei no livro foi do cenário criado pela autora. A obra não traz uma nova mitologia a respeito das sereias, contudo aborda de uma forma inusitada o relacionamento que elas possuem com a água. No livro, as sereias são a única forma da água se alimentar; é através delas, e de seu canto, que a água atrai suas vítimas. E o ponto chave é que sem elas e essas mortes, a água perderia o controle de seu poder e devastaria o mundo com sua força – o que significa que, graças as sereias, a água se contenta com milhares de mortes ao invés de milhões. E apesar disso já tornar a história diferente, o que realmente encanta é mergulhar nos sentimentos da água, é perceber o quanto ela se ressente pelas mortes, o quanto sente falta de ser amada, e o quanto ama incondicionalmente suas sereias. Para a água, Kahlen e suas irmãs são suas filhas amadas, então é tocante e doloroso vê-la lidar com elas da única forma que sabe: controlando-as e forçando-as a estar ao seu lado – é muito bonito poder acompanhar essa relação de mãe e filha (claro que estamos falando de seres místicos, mas o fato é que o relacionamento entre eles assemelha-se muito com os laços familiares que mantemos). Então amei o papel desempenhado pela água e a forma como ela aprende, aos poucos, a como amar suas filhas.
Além disso, também gostei muito da protagonista da história. O período em que ela nasceu é bem diferente dos tempos atuais. Naquela época não era errado sonhar com um final feliz ou até mesmo com um “viveram felizes para sempre”, por isso seu maior sonho é casar e encontrar o amor. Assim, temos uma protagonista forte e determinada, mas ao mesmo tempo uma jovem sonhadora e de coração enorme, uma filha e irmã que faz de tudo por aqueles que ama – tanto é que Kahlen é uma das únicas sereias a entender a água e a realmente amá-la. Adorei como graças à personalidade de Kahlen temos a descrição de belos e verdadeiros relacionamentos, e amei também como ela muda ao encontrar o que sempre sonhou. Quando Akinli aparece na história, Kahlen descobre o que é se colocar em prioridade e se permitir sonhar. Nessas horas me senti lendo um conto de fadas, afinal a história é do tipo que nos faz acreditar que o amor é capaz de qualquer coisa.
Adorei a trama do início ao fim. Assim como imaginei que seria, o livro é fluido, envolvente, mágico e romântico. Senti que estava lendo um conto de fadas e, exatamente por isso, saliento que a história é contrabalanceada por momentos leves e profundos, o que a torna gostosa de ler por sabermos – bem lá no fundo – que ela terminará com um final feliz. Não poderia ter me surpreendido mais com essa história repleta de magia, vestidos feitos de sal, amizade, amor e preocupação materna, e um príncipe encantado moderno. Se eu recomendo? Sem dúvida nenhuma! Quem gosta de histórias de amor e superação, mais leves e mágicas, com certeza adorará esse livro.
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