“O primeiro último beijo” conta a história de amor de Ryan e Molly, de como eles se encontraram e se perderam diversas vezes ao longo do caminho. Na primeira vez em que eles se beijaram, Molly soube que ficariam juntos para sempre. Seis anos e muitos beijos depois, ela está casada com o homem que ama. Mas hoje Molly percebe quantos beijos desperdiçou, porque o futuro lhes reserva algo que nenhum dos dois poderiam prever…Esta história comovente, bem-humorada e profundamente tocante mostra que o amor pode ser enlouquecedor e frustrante, mas também sublime. Na mesma tradição de P.S. Eu Te amo e Um Dia, O Primeiro Último Beijo vai fazer você suspirar e derramar lágrimas com a mesma intensidade.
Editora: Verus l 448 Páginas l Romance l Compare & Compre: Saraiva • Submarino • Amazon l Skoob l Classificação: 4/5
É difícil explicar o quão poética e reflexiva é a escrita da Ali Harris. Mesmo falando de um tema clichê – os aprendizados e recomeços que só o amor é capaz de proporcionar – a trama conta com uma carga de emoção intensa demais para definir em palavras. Desde o começo fica perceptível que a leitura de O Primeiro último Beijo não será fácil ou leve, porém talvez seja exatamente por isso que o livro nos conquista logo em sua primeira página. O fato é que a narrativa da autora é do tipo que, instantaneamente, promete algo que não vemos por aí: veracidade ao narrar às dificuldades que enfrentamos em nossos relacionamentos (e não apenas os amorosos). E o ponto é que sua promessa vira realidade a cada capítulo e a cada emoção, crua e dolorosamente real, que Ali Harris descreve com maestria nessa linda história de amor.
A obra gira em torno de Molly e Ryan. Eles – o galã da cidade e a jovem rebelde e perdida – se conhecem desde jovens, compartilharam um primeiro beijo desastroso, possuem vários amigos em comum, vivem se encontrando e desencontrando ao longo dos anos, e possuem uma história que foi construída com amizade, cumplicidade, perdão, recomeços e muito amor. O relacionamento deles serviu como fonte de crescimento e amadurecimento pessoal, portanto ao mergulharmos em sua vida como casal temos a possibilidade de conhecê-los através do tempo: os primeiros encontros, as brigas, as separações, as viagens feitas e as que não saíram do papel, os novos empregos, os amigos para sempre e os passageiros, e as descobertas que eles fazem sobre quem são e o quanto se amam. Sendo assim, O Primeiro último Beijo narra os altos e baixos do relacionamento de Molly e Ryan, descrevendo como o destino os uniu ao mesmo tempo em que os separou.
O que diferencia a narrativa da Ali Harris é que ela não é nenhum um pouco linear. A obra começa com uma Molly do presente triste, solitária, empacotando suas coisas, recordando o passado, e partindo para um futuro completamente desconhecido para o leitor. Desta forma, a leitura varia entre presente, passado distante, passado próximo, recordações aleatórias, e desabafos da protagonista sobre os beijos que ela viveu. De começo, confesso, é muito confuso entender aonde a autora quer chegar com tantas idas e vindas. Fica claro que algo aconteceu com Molly e Ryan, mas nossas suposições só fazem sentido no final, quando não só o grande mistério é revelado – o que realmente sucedeu a esse casal tão lindo que conhecemos através das memórias da Molly e que parece não existir mais em suas divagações no presente – como também a forma escolhida pela autora para narrar sua história passa a ser óbvia e ainda mais envolvente. E por mais que o desfecho não seja completamente surpreendente, senti que a autora cumpriu seu dever ao nos manter vidrados e ansiosos para desvendar todos os segredos desses cativantes personagens.
O que mais amei na trama, sem dúvida, foi seu alto teor reflexivo. Existe uma realidade inegável na forma da autora abordar a vida, o destino, a dor, e todos os conflitos que enfrentamos ao decidirmos abrir nossos corações para aceitar a grandeza do amor. O mais incrível é que cada capítulo dessa leitura traz uma reflexão linda, tocante, emocionante, e extremamente motivadora. Ao acompanharmos a história de Molly e Ryan temos a possibilidade de refletirmos sobre nossas próprias relações (sejam elas amorosas, familiares, trabalhistas ou fraternais). Assim, o livro nos inspira uma vontade de amar mais, aceitar mais, lutar mais, e querer mais. Portanto, foi impossível para mim não me conectar com a trama e entender exatamente o que a autora quis mostrar com ela: que o amor vale – e sempre vai valer – muito a pena. E que, antes de qualquer coisa, precisamos ser mais, viver mais, aproveitar mais, beijar mais.
“Você pode me fazer um favor? Quebre uma regra hoje, enlouqueça, viva o momento. Abra seu coração. Depois, abra mais um pouco. Ame muito, ame mais ainda. Não tenha medo de se expressar, de gritar, de ser ouvido. Diga EU TE AMO. Aposte todas as fichas. Aposte todas as fichas no amor. Por mim. Porque eu não fiz isso. E agora não posso mais.”
Beijos!
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