“Todos que Celaena Sardothien amou lhe foram tirados. Mas finalmente chegou a hora da retribuição. A vingança promete ser tão dura quanto o aço da Espada de Orynth — a espada de seu pai. Finalmente Celaena retornou ao império; por justiça, para resgatar seu reino e confrontar as sombras do passado. A assassina está morta. Ela abraçou a identidade de Aelin Galathynius, rainha de Terrasen. Mas antes de reclamar o trono, precisa lutar. E ela vai lutar. Por seu primo, a Puta de Adarlan, o general do Norte… um guerreiro preparado para morrer por sua soberana; por seu amigo Dorian, um príncipe preso em uma inimaginável prisão; por seu povo, escravizado por um rei cruel e à espera do retorno triunfante de sua líder; por seu carranam e a libertação da magia. Ao avançar em seu plano, no entanto, Aelin precisa tomar cuidado com velhos inimigos. E abrir o coração para novos e improváveis aliados. Tudo isso enquanto os valg continuam trabalhando nas sombras. E Manon Bico Negro, a Líder Alada das Treze, treina suas bestas voadoras. Mas é de Morath, a fortaleza montanhosa do Duque de Perrington, que uma ameaça como nenhuma outra promete destroçar seu grupo de rebeldes e sua corte recém-formada”
Editora: Galera Record l 644 Páginas l Fantasia l Compre aqui: Amazon l Skoob l Resenha: @mayeosvicios l Classificação: 5/5 ♥
Arrebatada…Rainha das Sombras simplesmente me arrebatou para dentro de suas quase 700 páginas e deixou um gostinho de quero mais. O quarto volume da saga de Celaena Sardothien, agora Aelin Ashryver Gathynius, vem para dar um novo e espetacular caminho a jornada de nossa protagonista e heroína, herdeira do fogo, amada de Mala, Portadora da Luz e rainha de Terrasen. Minha leitura foi frenética desde as primeiras palavras ao ponto de nem perceber as páginas passarem, pelo contrário, eu lia vorazmente e com o coração na mão ansiosa e temerosa do que aconteceria em seguida com minhas personagens favoritas, os rumos que cada um tomaria, como Aelin, que retorna mais letal e objetiva do que nunca, reivindicaria seu reino, salvaria o príncipe Dorian, resolveria sua situação com Chaol e derrotaria o temido Rei de Adarlan.
São tantos acontecimentos ao longo deste livro, tantos caminhos que surgem na medida em que vamos desvendando os mistérios do Reino de Erilea e as novas personagens – que vão crescendo e revelando seu passado, sua origem e sua missão dentro da trama – que ficamos embasbacados e completamente fascinados com a forma como a autora nos conduz nesta aventura eletrizante, cheia de surpresas e reviravoltas, e com a forma como nos apegamos a essas personagens e torcemos por elas, mesmo sabendo que não é possível todos saírem ilesos em meio à guerra que é certa. Sarah criou um universo único, encantador e mais, desenvolveu personagens tão críveis e únicas, principalmente as femininas, que é impossível não adorar a cada uma delas.
Entre as personagens destacam-se mais uma vez Aedion, primo de Aelin, que nos encanta com seu carisma e humor, mas principalmente sua devoção a sua rainha ao se reencontrarem; e o príncipe guerreiro Rowan, carranam da Rainha Aelin, que enfim conquista meu coração (mesmo ainda sendo #teamchaol), e que é um personagem de extrema importância na trama – ele possuem uma ligação profunda e inexplicável, cada dia mais forte, que vai muito além da amizade, paixão e amor, muito além do laço carranam e além do que conseguimos explicar em palavras, uma ligação pura, única e que pouco a pouco nos conquista e envolve. Além destes dois e dos já conhecidos Chaol e Dorian, temos finalmente a aparição de Arobyn, rei dos assassinos, personagem que forjara Celaena Sardothien e reaparece para um acerto de contas com nossa rainha; e ainda temos mais personagens femininas inseridas na história e ressalto o quão belamente Saraj J. Maas desenvolve cada uma delas, nos tocando com sua personalidade forte e única, com suas histórias distintas, mas similares quando se trata das dores e perdas pelas quais passaram, ligando-as numa trama repleta de reviravoltas, surpresas e emoção.
“– Como era? – perguntou Manon, baixinho. – Amar?
– Era como morrer um pouquinho a cada dia. Era como estar viva também. Era alegria tão plena que doía. Aquilo me destruiu e me desfez e me forjou. Eu odiava sentir isso, porque sabia que não podia escapar, e sabia que me mudaria para sempre. […]”
Temos ainda neste quarto volume um encontro épico de duas personagens badass (quem já leu Herdeira das Sombras imagina de quem estou falando…) e que tem cada uma um lugar especial em meu coração, pois ambas são distintas, fortes e guerreiras e foi um encontro e uma luta épica e que mais uma vez muda as coisas no destino de delas, um encontro inevitável e que nos deixa com o coração na mão por estarem em lados opostos mas com esperança renovada para que, quem sabe, possam lutar lado a lado no futuro.
E o final? O que falar do rumo que a autora criou e da cartada final que mostrou nos fazendo questionar tudo aquilo que tínhamos como certo e apresentando um personagem mais vil e cruel ainda do que imaginávamos? Confesso que sofri durante toda a leitura, li com o coração na mão, tendo certo em minha mente o caminho que eu imaginava que a autora criaria, mas sem entender como isso seguiria nos próximos dois volumes, mas eis que surge algo totalmente inesperado que nos choca, e nos dá pena também, abala as estruturas não só de nós como leitores, mas de nossa Rainha Aelin que nem imagina que sua luta está apenas começando. Eu também sofri por Chaol e, principalmente, por Dorian e fiquei angustiada sem saber o que esperar para o destino do príncipe que se encontra em uma situação terrível envolto em sombras e maldade.
Meu coração encontra-se em um mix de amor infinito pela saga que tanto me conquistou, e paz por ter solucionado algumas pontas soltas dos livros anteriores, mas também está repleto de angústia e ansiedade e precisa desesperadamente da continuação, mesmo que o final não tenha sido um cliffhanger daqueles, mas um ponto final na primeira das muitas e terríveis batalhas que ainda estão por vir. Termino a leitura temerosa com o que pode e vai vir a acontecer, temo não só por Aelin, Rainha de Terrasen, mas por Manon no seu conflito interno de certo e errado, por Elide em sua missão em busca de sua rainha perdida, por Chaol em mais uma provação que terá de superar… E preciso desesperadamente saber o que acontece em seguida, como enfim estas personagens poderão encontrar paz e enfim viver sem que uma guerra esteja prestes a eclodir. Para a sequência, que está tão longe de chegar no Brasil, eu espero mais e mais reviravoltas e surpresas, romance, e reencontrar estas personagens fortes e destemidas que tem um lugar todo especial no meu coração, além de mais batalhas pois as forças de Morath, embora debilitadas, voltarão com mais força ainda, talvez mais letais do que nunca.
Sobre a Série
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