Brett Bohlinger parece ter tudo na vida — um ótimo emprego como executiva de publicidade, um namorado lindo e um loft moderno e espaçoso. Até que sua adorada mãe morre e deixa no testamento uma ordem: para receber sua parte na gorda herança, Brett precisa completar a lista de sonhos que escreveu quando era uma ingênua adolescente. Deprimida e de luto, Brett não consegue entender a decisão de sua mãe — seus desejos adolescentes não têm nada a ver com suas ambições de agora, aos trinta e quatro anos. Alguns itens da lista exigiriam que ela reinventasse sua vida inteira. Outros parecem mesmo impossíveis. Com relutância, Brett embarca numa jornada emocionante em busca de seus sonhos de adolescência. E vai descobrir que, às vezes, os melhores presentes da vida se encontram nos lugares mais inesperados.
Editora: Verus l 364 Páginas l Chick-Lit l Compare & Compre: Submarino • Saraiva • Amazon l Skoob l Classificação: 5/5 ♥
Que história mais maravilhosa! Agradeço a cada leitor que me indicou essa obra ao longo do último ano – vocês acertaram em cheio quando disseram que eu me apaixonaria completamente por ela. Além de ter uma linguagem real e sincera, A Lista de Brett é o tipo de leitura que incita reflexão e até mesmo uma mudança interior. Tendo como pano de fundo uma sociedade materialista e superficial, a jornada vivenciada pela Brett fala diretamente com os anseios dos nossos corações, nos dando força para lutar por aqueles sonhos antigos há muito tempo esquecidos e, principalmente, para comprovar que quando o assunto é felicidade não podemos nos contentar com menos do que merecemos. A obra é um exemplo de força, amadurecimento e realização pessoal. E, exatamente por isso, foi impossível não amar Brett e todas as lições que aprendemos ao lado dela.
Brett tem trinta e quatro anos e acabou de perder a mãe, sua fonte incondicional de amor e apoio. Sem ela, a jovem se sente perdida e solitária (mesmo vivendo com luxo, tendo um cargo profissional importante, e namorando com um cara que pode ser chamado de Sr. Perfeito). A vida dela, que ao que tudo indica é correta e feliz, na realidade esconde várias faltas e segredos. E é exatamente por isso que sua mãe, bem antes de morrer, criou um testamento especial para a filha mais nova: para herdar o dinheiro da mãe, Brett terá que cumprir uma lista com várias tarefas, lista escrita pela própria Brett quando ainda era adolescente. Anos atrás Brett sonhava em ter um filho, em ser professora, em ter um cachorrinho e um cavalo, e com infinitas outras coisas. Agora, mais velha e completamente diferente da garotinha que um dia foi, Brett terá que lidar com as imposições do testamento da mãe ao mesmo tempo em que vê tudo ao seu mundo desabar: saudades da mãe, revelações dolorosas sobre seu passado, o relacionamento amoroso que parece não engrenar, uma grande decepção profissional, e um futuro incerto e sem dinheiro. Confusa e desafiada pelos últimos desejos de sua mãe, Brett terá que confrontar a garota que um dia foi e descobrir, sem medos e amarras sociais, a mulher que realmente quer ser.
Não é segredo que o que mais me irrita em certos chick-lits é a superficialidade de suas protagonistas (que na maioria das vezes mentem sobre quem são para serem aceitas pela sociedade). Contudo, A Lista de Brett me surpreendeu por apresentar uma mulher forte e determinada que, mesmo perdida em seus medos e inseguranças, luta com todas as forças por um final feliz. Veja bem, Brett não é perfeita. Assim como nós, ela também erra, mente, deixa-se levar pela futilidade e materialismo, faz pré-julgamentos das pessoas ao seu redor, e adora reclamar da vida. Contudo, esse aspecto da personalidade da Brett é algo que ela consegue moldar e modificar conforme avança nas tarefas deixadas em testamento pela mãe. Cada vez que é desafiada por um item da sua antiga lista de desejos, Brett descobre um pouco mais sobre ela mesma, transformando-se em uma nova mulher. E eu amei isso, porque sentimos a personagem amadurecer e desabrochar para vida, e também porque conseguimos acompanhar as pequenas mudanças em seu jeito de falar e se doar aos outros. Se todo mundo tivesse uma lista de desejos (esses reais, não aqueles que fingimos ter), tenho certeza que seríamos um pouco mais como Brett e descobriríamos o que realmente importa na vida.
“– Penso nas palavras da minha mãe – aliás, de Eleanor Roosevelt: “Todos os dias, faça algo de que você tenha medo”.”
Além da protagonista completamente encantadora e cativante, gostei do fato de cada um das metas de Brett falarem diretamente com os nossos próprios sonhos: emprego de luxo versus emprego que sustenta emocionalmente; relacionamento perfeito mas de conveniência versus relacionamento conturbado com paixão; amizade superficial versus amizade dolorosamente real; seus sonhos versus os sonhos de outras pessoas…A cada página fui confrontada a descobrir minhas prioridades e a repensar o que estava fazendo com elas. E durante a leitura não conseguia parar de pensar se eu, assim como a própria Brett, não estava deixando meus sonhos de lado por medo de tentar. E o ponto é que amo livros que nos fazem refletir e até mesmo mudar nossa forma de ver o mundo, então foi impossível não me apaixonar pela história da Brett.
Foquei na parte reflexiva da história porque esse é o seu grande diferencial, mas não se assustem, o livro também traz tudo o que um chick-lit tem de melhor: bom-humor, encontros e desencontros, uma protagonista real e às vezes meio perdida (quem de nós que não é meio estabanada e confusa?), e um romance que cativa do começo ao fim – apesar de, para a minha alegria, não ser do tipo de enlace que exclui a jornada pessoal da personagem principal. Em suma, eis um livro incrível, emocionante, divertido, romântico na medida certa, e repleto de valiosos ensinamentos. Assim como meus leitores queridos fizeram, termino dizendo: LEIAM, vocês vão amar.
Beijos!
Comente via Facebook