Bem-vindos à estação mais ensolarada e apaixonante de todas! No verão, somos todos iguais, diz um dos personagens do conto “Mil maneiras de tudo isso dar errado”. No Brasil, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar do globo, uma coisa é certa: no verão, nossos corações ficam mais leves, mais corajosos, impetuosos e confiantes – talvez por isso esta seja a estação perfeita para se apaixonar… e Aconteceu naquele verão é o livro ideal para quem adora histórias de amor. Mas essa coletânea tem algo ainda mais especial. Algumas histórias têm uma pitada de estranheza, de mistério, um toque sobrenatural. Em “Cabeça, escamas, língua, calda”, a lagoa de uma cidadezinha é morada de um monstro marinho que só uma menina vê. No intrigante “Inércia”, dois grandes amigos há muito afastados vão se encontrar num quarto de hospital para uma última visita. No belo “O mapa das pequenas coisas perfeitas” é sempre dia 4 de agosto. Presos num loop temporal, dois jovens vão comprovar do que a força do amor é capaz. A lição é simples: o amor não escolhe lugar nem hora para surgir. Coloque seus óculos escuros e abra sua cadeira de praia, porque neste verão você terá doze motivos para suspirar e se apaixonar.
Editora: Intrínseca l 384 Páginas l Jovem Adulto l Compare & Compre: Saraiva • Submarino • Amazon l Skoob l Classificação: 4,5/5
Aconteceu Naquele Verão é um tributo ao verão e ao que ele tem de melhor: férias, sol, praia e muita diversão. A obra traz doze contos ambientados no universo jovem adulto, por isso fala com propriedade sobre os dilemas típicos da idade: trabalho de férias, drama escolar ou familiar, reencontros e despedidas, erros e recomeços, inseguranças, romances de verão e – meu preferido – amadurecimento. Todo jovem possui um verão que marcou e impactou seu coração, e é exatamente sobre isso que lemos nesses contos apaixonantes, bem-humorados e surpreendentemente reflexivos. Cada conto foi escrito por um autor diferente: Leigh Bardugo, Nina Lacour, Libba Bray, Francesca Lia Block, Stephanie Perkins, Tim Federle, Veronica Roth, Jon Skovron, Brandy Colbert, Cassandra Clare, Jennifer E. Smith, e Lev Grossman. Não conhecia todos esses autores, mas confesso que fiquei encantada com tamanho talento. Surpreendeu-me ver que cada um deles, sem deixar de lado as principais características de sua narrativa, criou uma história de verão impactante, misteriosa e muito gostosa de ler. Entre esses contos temos tanto histórias de fantasia (circos itinerantes assombrados por demônios, dragões d’água, filmes amaldiçoados, e até mesmo uma sociedade futurista), quanto narrativas contemporâneas baseadas exclusivamente na vida real. Mas, independente do conto ter ou não elementos fantásticos, é unânime a reflexão gerada por todos eles. Foi uma surpresa encontrar histórias que falam sobre sexualidade, aceitação, depressão, perdão e até mesmo sobre o autismo. Amo livros que unem leveza a temas mais densos e reais, portanto foi impossível não me apaixonar por essa leitura.
Meus contos preferidos foram: Inércia (Veronica Roth) e Mil Maneiras de Tudo isso dar Errado (Jennifer E. Smith). O primeiro narra à história de dois amigos separados pelo destino mas que agora se reencontram no pior momento possível: Na Visita, a última visita que um deles terá antes de morrer – tecnologia criada para auxiliar pacientes à beira da morte a conversarem com alguém que amam. Foi muito tocante sentir a força do laço entre eles, ver o quanto estavam quebrados e necessitados um do outro e, principalmente, angustiante por sabermos que um deles está morrendo. Já o segundo narra um encontro amoroso complexo e incomum. Aqui a autora traz tanto um romance fofo e cativante, quanto à importância de darmos mais atenção às crianças e jovens com autismo. Achei maravilhosa a maneira sutil e simples com a qual a Jennifer E. Smith trabalhou o preconceito e a falta de conhecimento acerca do autismo. Tenho que dar destaque também ao maravilhoso conto da Cassandra Clare, que é bem fantasioso e típico dela e de seus demônios e protagonistas fortes, e ao da Stephanie Perkins, que surpreende os fãs ao trazer a continuação do conto que ela criou para a coletânea de O Presente do meu grande Amor – AMEI rever esse casal!
Uma coisa importante sobre esse livro é que ele possui, em alguns contos mais e em outros menos, elementos dolorosos e sombrios que fazem o leitor repensar seus valores e prioridades. Em contrapartida, também temos contos mais leves, superficiais e que acabam com um clima de final feliz extremamente adocicado e contagiante – porque sim, clichês são ótimos quando bem escritos. Assim, temos uma obra que une muito bem diversão, amadurecimento e os infinitos recomeços que a juventude garante. Amei o livro do começo ao fim e, mesmo tendo achado alguns contos bem mais ou menos (tem dois ali que achei mais fraquinhos que os demais), o fato é que adorei a leitura e indico demais para os fãs de histórias jovens, bem-humoradas e muito tocantes.
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Beijos e Boa Sorte!
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