“Chick-lit” é um gênero literário que abrange a vida da mulher moderna, sendo voltado, principalmente, para o sexo feminino. São romances leves, com um toque de humor, que narram o quotidiano e entram fundo nas dúvidas e emoções das personagens, transmitindo, normalmente, a sensação de estar lendo o relato de uma amiga. As história nesses livros poderiam facilmente ser uma conversa entre garotas ou mulheres, na qual há compartilhamento de sonhos, segredos, confissões.
Oi gente!
Como vocês sabem, estou sempre buscando trazer posts diversificados para vocês, para não deixar a coluna monótona e repetitiva.
Assim, tive uma ideia! Sairá um pouco do foco de, ao menos, citar um ou mais livros. Mas será uma brincadeira rondando a temática dos chick-lits.
A ideia é transformar um dia habitual meu em sua versão para um livro do gênero!
Ou seja, se minha vida fosse um chick-lit…
Realidade: acordo todos os dias da semana as 4h15 para pegar o trem das 5h. Faço estágio em São Paulo e moro em Mogi das Cruzes e, como entro 7h, tenho que acordar muito cedo. Meu celular desperta e, muito raramente, eu me atraso. O mais comum é eu já levantar logo quando ele toca.
Em um chick-lit: me atrasaria todos os dias. Isso porque dormiria mais do que o permitido ou trocaria mil vezes de roupa até achar uma ideal ou, nos dias em que estivesse completamente na hora certa, algum imprevisto inimaginável aconteceria, o que me faria sair de casa em cima da hora. Entende-se como imprevisto inimaginável: minha mãe acordaria com uma crise existencial e começaria um longo monólogo intransferível para outra hora do dia; minha gata resolveria que aquela seria uma ótima hora para fazer xixi em cima da minha bolsa com meu único jaleco limpo dentro dela; entre outras coisas.
Realidade: entro no trem apressada para garantir meu lugar. Depois disso, vou sentada o trajeto inteiro lendo um livro ou, nos dias de grande cansaço, dormindo.
Em um chick-lit: travaria uma luta corpo a corpo todos os dias para conseguir sentar e, sempre que eu conseguisse, teria que ceder lugar a uma gestante ou idoso ou qualquer outra pessoa que se encaixe na descrição para ocupar os assentos preferenciais.
Realidade: chego ao estágio com minutos de antecedência, checo meu email e começo tranquilamente a exercer minhas atividades.
Em um chick-lit: chegaria atrasada todos os dias, passaria mais tempo enrolando na internet do que exercendo minhas atividades. A alternativa para a enrolação seria fofocar com alguma amiga do mesmo local de trabalho sobre qualquer coisa que envolvesse o lugar e as pessoas dali.
Realidade: tenho uma boa relação de trabalho com minhas colegas e com minhas supervisoras. Não que tudo seja perfeito e cor-de-rosa 100% do tempo, mas não é nada anormal em termos de desentendimentos.
Em um chick-lit: odiaria minha chefe e ficaria fazendo, em minha mente, listas com maneiras de aniquilá-la.
Realidade: faço estágio em um hospital. Logo, há médicos por lá. Médicos bonitos. Os quais, na maioria das vezes, passam por mim sem nem olhar na minha cara. Quando são simpáticos, dão um “oi” e um “bom dia” iguais aos dados a qualquer um que passar por eles.
Em um chick-lit: o médico mais interessante já teria se interessado por mim e eu não teria reparado ainda ou simplesmente não teria acreditado nisso. E o nível de interesse dele em mim seria diretamente proporcional a minha capacidade de passar vergonha na frente dele.
Realidade: não sou apaixonada pelo meu estágio simplesmente porque essa não é minha área de interesse para uma atuação futura. Mas, apesar disso, sei que ainda não é hora de fazer o que realmente quero porque isso não é possível nesse momento e, quando for, não hesitarei em correr atrás do que quero. Ainda, gosto do meu ambiente atual de trabalho e, portanto, estou feliz onde estou.
Em um chick-lit: odiaria meu trabalho e mais reclamaria do que faria algo para mudar a situação. Ou eu não saberia o que gostaria de fazer ou teria medo de tentar.
E ai, gostaram da brincadeira?
Só quero deixar claro que eu generalizei muito as protagonistas dos chick-lits ao criar esse post. Elas são, acima de tudo, caricatas e, por isso, apresentam características exageradas devido ao próprio humor e estilo do gênero. Por isso, segui essa linha de pensamento para transformar minha vida em um chick-lit. Mas nem todas as protagonistas são dessa forma e, mesmo quando são, nem todos os elementos que inclui fazem parte de suas personalidades.
Alguma ideia de como seria a vida de vocês, caso fosse um chick-lit?
Beijo enorme e até o próximo post!
Comente via Facebook