“Chick-lit” é um gênero literário que abrange a vida da mulher moderna, sendo voltado, principalmente, para o sexo feminino. São romances leves, com um toque de humor, que narram o quotidiano e entram fundo nas dúvidas e emoções das personagens, transmitindo, normalmente, a sensação de estar lendo o relato de uma amiga. As história nesses livros poderiam facilmente ser uma conversa entre garotas ou mulheres, na qual há compartilhamento de sonhos, segredos, confissões.
Olá queridos!
Como vocês estão?
Bom, eu estou em uma correria desenfreada. Ou, pelo menos, estava!
Hoje é meu último dia em meu primeiro estágio, então passei todos os dias dessa semana, desde sábado passado, fazendo meu relatório final. O mesmo que já comecei há mais de um mês e que parecia não ter fim.
Afinal, ele teve! Consegui finalizá-lo ontem depois das 23h, mas o finalizei! E por que motivo eu estou falando tudo isso?
Bom, como eu passei a semana inteira fazendo apenas o meu relatório nas horas vagas, eu não pude preparar um post inédito pra vocês e eu peço um milhão de desculpas por isso. Não foi nem ao menos falta de organização, foi realmente falta de tempo. E para não deixá-los sem post algum, falei com minha gêmea e chefinha, a linda da Pah, que concordou em me deixar postar uma resenha que já foi postada lá no meu blog, o
Minha Vida Literária.
Como eu mesma a fiz, não vai ser plágio, oks? Rsrsrs
O chick-lit que escolhi lhes falar hoje é um que acredito não ser muito conhecido, e foi essa a razão de eu ter selecionado essa resenha. Não foi um livro que me marcou, mas foi uma leitura agradável.
Confiram mais a fundo minha opinião:
Alison Hopkins foi abandonada pelo namorado e está tentando recomeçar sua vida. Colunista não muito popular de um pequeno jornal, aos 32 anos ela enfrenta os dilemas de muitas mulheres: o medo de ficar sozinha, de não ter mais tempo para ser mãe, de não ter sucesso no trabalho. Disposta a dar a volta por cima e mudar essa situação, Alison contará com a ajuda e o bom humor de suas inseparáveis amigas, e não medirá esforços na busca por um grande amor.
É o que diz na sinopse do livro. Quando a li, esperava encontrar um chick-lit hilário, no qual a protagonista provavelmente sairia com diferentes homens, faria de tudo para seguir em frente e mostrar para o ex que não precisa dele. E, juntamente com a frase da capa do livro – “Porque um namorado bonito é como um sofá branco: um convite ao desastre” – esperava me deparar com uma grande paixão entre ela e algum Deus grego e, desse relacionamento, ver muita confusão e diferentes situações se desenrolando.
Mas não foi nada disso que encontrei em “Big Love”, fui enganada pela sinopse! Sim, o livro tem partes realmente engraçadas. Sim, Alison de fato é abandonada pelo namorado, tenta seguir em frente, conta com a ajuda das amigas e possui todos os medos citados acima. Entretanto, a sinopse dá a entender que a história se desenrolará de um jeito diferente do que realmente é. Essa diferença, porém, não é um aspecto negativo: o desenrolar foi diferente do que eu esperava, mas nem por isso o livro não é bom.
Alison é abandonada pelo namorado no meio de um jantar entre amigos. Tom sai para comprar um pote de mostarda e liga, uma hora depois, avisando que não só não comprou a mostarda como também não retornará, uma vez que está apaixonado. Para piorar, Alison descobre que a paixão já vem sendo consumada há 5 meses com a antiga namorada de faculdade de Tom, exatamente a mesma pessoa que Alison vinha alertando o namorado sobre nutrir sentimentos além da amizade. Sentimentos os quais ele obviamente negava.
Esse é o início da história, a partir da qual podemos conhecer melhor Alison: seu emprego de colunista em um jornal alternativo de Pittsburg (que, aliás, me lembrou a Carrie de “Sex and the City”, ainda mais por usar de temática sua vida pessoal e seu relacionamento), seus medos interiores, sua infância marcada pelo abandono do pai e consequente casamento da mãe com outro homem (Alison diz o livro inteiro ter “dois pais”), seu crescimento em meio a uma família evangélica e todos os seus problemas sexuais decorrentes disso.
Os acontecimentos, diferente do que é subentendido na sinopse, são muito mais decorrentes do acaso do que da própria busca de Alison. Para mim, a impressão que tive foi simplesmente de terem “acontecido”, ao invés dela ter feito acontecer. Além do mais, achei que a frase da capa ficou fora de contexto porque a própria Alison assume que Tom não era exatamente o tipo mais bonito.
Ainda sobre o desenrolar da história, a achei sem muitos altos e baixos, o que não é necessariamente ruim. A narrativa de Sarah Dunn é leve e agradável, dá a sensação de estar lendo o relato de uma amiga. Exatamente por isso, minha maior impressão de “Big Love” é de se tratar muito mais de autoconhecimento do que sobre a busca por um grande amor. Sobre isso, eu adorei.
Alison, em primeira pessoa, desmembra por todo o livro seus medos, suas características, positivas ou negativas, sua percepção dos fatos, a maneira como os encara, a maneira como acontecimentos da sua vida influenciaram na tomada de suas atitudes. Ler “Big Love” foi entrar a fundo nas reflexões e divagações de Alison, conhecer seu íntimo de uma maneira que apenas esse tipo de narrativa proporciona. Por causa desse mergulho em seu interior, consegui me identificar em vários aspectos com a personagem, apesar de toda a diferença existente entre sua vida e a minha.
Lançado pela editora Nova Fronteira, recomendo a leitura! É certamente uma boa opção de livro agradável, tranqüilo, além de ser rápido (contém apenas 207 páginas). Tem momentos engraçados e te faz refletir sobre aspectos do amor e relacionamentos. Porém, não é uma grande obra, capaz de mexer profundamente com suas emoções. É apenas um livro agradável, como já dito.
E ai, ficaram interessados?
Novamente, peço desculpas! E prometo que daqui duas semanas eu volto com um post especial!
Beijos grandes!
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