Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.
Editora Arqueiro|| Skoob ||
Compare & Compre|| Classificação 5/5
abusiva e rude, duas meio irmãs
mandonas e indiferentes, um tratamento digno de uma serviçal, e um ansiado
baile de máscaras… Nossa cinderela, ou melhor, nossa jovem e doce Sophie,
sempre soube que era uma filha bastarda – o sorriso e os olhos questionadores
tão parecidos com os da mãe do falecido conde não deixavam dúvidas – mas, mesmo
ciente de sua posição social inferior, quando criança ela nunca deixou de
sonhar com o dia em que seria amada pelo pai, com o momento em que passaria a
fazer parte de uma família unida e carinhosa. Porém, com o passar dos anos ela
viu o conde constituir uma nova família sem ela, e deixada sob os cuidados dos
funcionários de seu senhor, ela aprendeu a trabalhar para sobreviver e a se
esconder nas sombras de uma vida que nunca poderia ter. Isso até sua fada madrinha aparecer e lhe
proporcionar uma noite de pura magia e sonho: Sophie iria ao famoso baile de
máscaras da família Bridgerton e seria apenas ela mesma, sem amarras, sem ordens, sem
diferenças sociais e, principalmente, sem sofrimento. O único problema é que,
ao invés de esquecer seu sapatinho de cristal, nessa noite a jovem perderia
completamente seu coração para Benedict Bridgerton, seu charmoso e cobiçado
anfitrião. Será então que, em nome de um final feliz, o amor seria capaz de
superar tamanha discrepância social?
do clássico A Cinderela. Entretanto, as semelhanças com o conto
de fadas acabam no momento em que a realidade de Sophie atinge o leitor: a
fome, o trabalho exaustivo, o preconceito social. Afinal, por mais que a jovem
consiga realizar seu desejo e ter uma noite especial, tudo se resume a apenas
isso – uma única noite – e dói vê-la ter que voltar para sua triste realidade
depois de uma experiência tão magnífica. Sem contar que tal aspecto nos faz
refletir a respeito do tamanho da desigualdade social presente na cultura
inglesa do século XIX; Sophie é filha de um conde e ainda assim, por ser fruto
de uma união extraconjugal, é vista como uma ninguém – sem direito a bens,
títulos, ou até a uma oportunidade de levar uma vida digna. E tudo isso pelo
capricho de um conde, de um homem que não pensou no reflexo de suas ações imprudentes,
que não ousou imaginar a dor que causaria em um possível filho ilegítimo. A
grande questão então não é a busca pela fuga, ou seja, Sophie e seu dia de princesa,
mas todas as implicações sociais que fazem essa jovem sofrer e não ter ninguém
com quem contar.
não sendo esnobe, longe disso – sempre teve tudo o de melhor e não sabe ao
certo como levar uma vida sem regalias. Quando o jovem encontra Sophie no baile
de máscaras promovido por sua mãe (louca para casar um de seus filhos) sua vida
muda completamente, a presença dela descongela algo dentro dele, mas quando ela
foge sem ao menos dizer seu nome ele fica desolado e se fecha, mais uma vez, ao
amor. É só com o passar do tempo que eles se reencontram, mas dessa vez Sophie
não está fantasiada, de forma que o amor precisa provar ser real, ser forte o
suficiente para quebrar todas as barreiras sociais. Nesse meio termo eles se
confrontam, tornam-se amigos, e se transformam de uma maneira muito especial,
mas fatidicamente demoram a enxergar o óbvio: que o amor verdadeiro enfrenta e vence
tudo. E o fato é que essas idas e vindas, as incertezas e os medos, tornam
o sentimento mais real. Não interessa se com a Cinderela foi tudo facilmente superado,
aqui tem muito em jogo – reputações, familiares, marcas do passado – por isso a
história se desenvolve no seu próprio ritmo.
medida certa para cativar, emocionar e divertir o leitor. Sem contar que, indo
além do casal principal, mais uma vez temos a concretização do verdadeiro papel
familiar. Como em todos os livros dessa serie a autora deixa claro o suporte
fraterno e incondicional existente entre os Bridgertons, nos deixando com
aquela vontade louca de fazer parte dessa família barulhenta, encrenqueira, e
extremamente amorosa.
entretenimento de mulherzinha, contudo só quem lê sabe o valor das
lições e reflexões proporcionadas pela Julia Quinn. Claro que não estamos
discutindo a paz mundial, mas ainda assim estamos falando sobre amor
verdadeiro, igualdade social, e a constituição dos verdadeiros laços
familiares. E para mim, isso não tem preço.
A beleza dela vinha de dentro. Ela brilhava. Cintilava. Era absolutamente radiante, e Benedict de repente se deu conta de que era porque parecia… feliz. Feliz por estar onde estava, feliz por ser quem era.
– Eu quero… – A voz dele virou um sussurro, e seus olhos pareceram vagamente surpresos, como se ele não conseguisse acreditar nas próprias palavras. – Eu quero o seu futuro. Cada pedacinho seu.
Seja minha (…). Seja minha agora. Para sempre. Eu lhe darei tudo o que desejar. Tudo o que quero em troca é você.
por oito livros, sendo que três deles já foram publicados no Brasil: O Duque e
Eu, O Visconde que me Amava, e Um Perfeito Cavalheiro.
ela composta por oito irmãos – Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise,
Francesca, Gregory e Hyacinth – a série conta com uma obra para cada um deles,
apresentando-nos a família como um todo, porém priorizando as histórias
particulares de cada um dos seus membros. Desta forma, mesmo que cada livro
apresente início, meio e fim, é importante lê-los em sequência para evitar
spoilers, já que é comum os irmãos participarem (leia-se intrometerem) nas histórias uns dos outros.
claro que eu optei por um dos livros da Julia Quinn – Eles sempre possuem uma
capa linda ♥! Agora queremos saber da escolha de vocês, conte-nos
qual foi a obra lida e, se quiser, deixe sua resenha (ou o nome do livro) no
quadro a seguir:
Participe Aqui
Comente via Facebook