segredo para ninguém que eu adoro os livros da Veronica Roth. Com uma escrita
intensa, emocionante, política e ao mesmo tempo romântica, a autora sempre me
encanta e surpreende com suas histórias – motivo que fez de Divergente uma das
minhas distopias literárias favoritas, e que também me fez aguardar ansiosamente
por sua adaptação cinematográfica. Obviamente eu estava preparada para um filme
mediano, até porque as adaptações tendem a modificar e compactar os livros de
uma forma pouco atrativa para os amantes de leitura, contudo mais uma vez fui
surpreendida e posso dizer, sem medo, que eu realmente gostei desse filme.
mais de duas horas de duração o longa-metragem conta com um roteiro que não
deixa a desejar. Quem leu o livro, assim como eu, além de ficar contente com a
valorização dos detalhes da obra (como o cuidado em detalhar as facções, por
exemplo), também não se deixa incomodar pelas poucas – e minúsculas – mudanças realizadas:
cortes de personagens, a modificação da ordem de um ou outro acontecimento, e
até mesmo a minimização de cenas importantes. O fato é que mesmo com algumas
alterações, porque sim elas existem, a impressão que fica é que os roteiristas seguiram
à risca a obra escrita pela Veronica Roth, o que deixou o filme extremamente parecido
com o livro – o que não deixa de ser o objetivo utópico de toda adaptação
cinematográfica. Já para quem não leu os livros, o que fica do filme é o
espírito guerreiro da protagonista, um romance improvável que surge no momento
certo, e uma intensa guerra por poder e controle político, ou seja, exatamente
os principais pontos de reflexão gerados pela leitura de Divergente.
Fator de sucesso? A autora Veronica Roth foi coprodutora do longa-metragem, o que
pode ter garantido a qualidade da adaptação.
relação à fotografia, os efeitos visuais e a trilha sonora, eu só posso dizer “UAU”.
Histórias distópicas fazem uso constante de cenários humanos marcados pela
guerra e de aparelhos tecnológicos extremamente futuristas, e como meu namorado
mesmo disse ao ver o filme “ler sobre isso deve ser muito complexo”, o que
consequentemente aumenta o trabalho e a responsabilidade dos produtores cinematográficos
que, no caso de Divergente, souberam detalhar muito bem o contexto criado pela
Veronica Roth: um mundo devastado pela Guerra, manipulado e testado por soros
de simulação, protegido por uma cerca de contenção, e escasso em recursos e
alimentos. Sem contar que além de ilustrar muito bem todo esse cenário
futurista, as músicas escolhidas colaboraram para enfatizar o clima de ação,
suspense e romance da história. Nesse ponto saliento para a escolha de Run Boy Run, de Woodkid – Essa música,
essa letra, essa batida de ação… CARACA, foi uma escolha perfeita para os
momentos “audaciosos” e aventureiros da personagem principal.
Trilha Sonora Completa:
1. Find You – Zedd feat. Matthew Koma & Miriam Bryant
2. Beating Heart – Ellie Goulding
3. Fight For You – Pia Mia feat. Chance The Rapper
4. Hanging On (I See MONSTAS Remix) – Ellie Goulding
5. I Won’t Let You Go – Snow Patrol
6. Run Boy Run – Woodkid
7. Backwards – Tame Impala & Kendrick Lamar
8. I Need You – M83
9. In Distress – A$AP Rocky feat. Gesaffelstein
10. Lost And Found (ODESZA Remix) – Pretty Lights
11. STRANGER – Skrillex feat. KillaGraham From Milo & Otis & Sam Dew
12. Dream Machines – Big Deal
13. Dead In The Water – Ellie Goulding
14. I Love You – Woodkid
15. Waiting Game – BANKS
16. My Blood – Ellie Goulding
sobre o elenco, o que dizer da linda da Shailene Woodley como a nossa Tris?
PERFEITA! Assim como a personagem do livro, que muda com o decorrer da leitura,
a atriz soube transparecer o processo de amadurecimento pessoal vivenciado pela
protagonista. A Kate Winslet está diva como a vilã Jeanine, o Jai Courtney
mandou muito bem como Eric e me fez lembrar porque eu odeio esse personagem, e a
atuação do Ansel Elgort foi tão sútil e surpreendente quanto a participação de
seu personagem na história. Agora o Theo James como Quatro me deixou na dúvida:
ele é sexy, intenso, bom de luta e tudo mais, mas não consegui deixar de pensar
“ele é muito velho para esse papel”, contudo mesmo achando que ele não se
enquadra no perfil ideal do mocinho, curti sua atuação.
no geral, Divergente tem um bom elenco, um ótimo roteiro, efeitos visuais e
sonoros eletrizantes, e uma história que nos faz pensar no futuro de nossa
civilização. É claro que o livro é melhor, mas é fato que a adaptação não
deixou nenhum pouco a desejar: eletrizante, emocionante, envolvente… Uma dica
perfeita para quem curte filmes de ação e aventura.
Duração: 2h20min.Ano: Abril de 2014.Gênero: Ação; Distopia; Fantasia.Classificação: 4/5 ♥Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice (Shailene Woodley) completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco, e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade, coragem e outros. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, escolhendo uma diferente da família, e tendo que abandonar o lar. Ao entrar para a Dauntless, ela torna-se Tris e vai enfrentar uma jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso, Tris conhece Four, um rapaz mais experiente na facção que ela, e que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.
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