A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante … Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.
Editora: Seguinte l 352 Páginas l Fantasia Distópica l Compre aqui: Amazon l Skoob l Classificação: 5/5 ♥
Se você não conhece a trilogia A Seleção eis o que você precisa saber: primeiro, trata-se de uma trama distópica; segundo, o governo é monarca e a população é dividida em castas relacionadas com a posição e a classe social do indivíduo; e terceiro e mais importante, para manter a estagnação populacional o regente usa o artifício de escolher suas futuras rainhas por meio de um reality show, um programa de televisão que une trinta e cinco garotas motivadas a conquistar o coração do príncipe e que, como representantes do povo, fazem o público acompanhar com ânimo e esperança o processo de escolha da esposa do futuro rei. Sendo assim, no primeiro volume da trilogia, ou seja em A Seleção, conhecemos mais sobre essas jovens, sobre o príncipe e sua família, e vemos surgir um triângulo amoroso extremamente perigoso. Já no segundo livro, A Elite, observamos o número de meninas ser reduzido drasticamente, o romance oscilar entre certo e errado, e passamos a compreender um pouco mais sobre o sistema político desigual que rodeia a Seleção. Porém, é no terceiro e último livro que esperamos pelas maiores revelações da série, é neste volume que a autora promete sanar todas as nossas dúvidas e, finalmente, revelar quem será a grande escolhida do príncipe. Suspense, ação, romance, mortes inesperadas e emoções à flor da pele – é simplesmente impossível não se render a esse desfecho!
O último volume de uma série sempre é arriscado. Para um autor deve ser complicado finalizar uma trama, mas para um leitor é ainda mais angustiante saber que nessas últimas páginas todos os seus questionamentos devem ser devidamente respondidos. E antes de qualquer coisa devo dizer, por mais que A Escolha seja incrível, a Kiera Cass não respondeu todas as minhas dúvidas. O fato é que amei esse livro e me encantei pelo final, mas ainda assim observei vários pontos falhos no decorrer da história. Alguns podem concordar, outros irão discordar, mas senti que em muitos momentos a autora deixou de explicar e justificar certas ações tomadas pelos protagonistas, ou de detalhar com mais profundidade o luto e as guerras políticas relatadas no decorrer da trama, e até mesmo (o que de fato mais me incomodou) preferiu usar a morte como uma aliada na resposta de perguntas que ela não soube e/ou não teria tempo para explicar. Então, sim, eu não achei o livro perfeito, mas confesso que mesmo assim me emocionei, me envolvi e me apaixonei por essa história. E essa é a grande questão da escrita da Kiera Cass, ela pode não ser perfeita quando comparada com a narrativa de outros autores distópicos, mas ela é tão emocionalmente intensa e envolvente que os por menores passam despercebidos e se tornam irrelevantes. Em suma, tudo o que realmente importa é com quem o príncipe fica e como essa escolha influencia a estrutura do seu governo, quesitos nos quais a autora tirou nota dez.
Sem dúvida um dos pontos altos deste livro foi a distopia. Como já disse, nos outros volumes o foco estava mais direcionado ao romance e a convivência das participantes da seleção, contudo em A Escolha a trama se torna mais ousada e ganha uma densa carga de ação. Foi surpreendente o rumo tomado pela autora, sua solução foi rápida e deu às caras logo no começo da história, sendo desenvolvida aos poucos e com o auxílio de novos personagens extremamente importantes para o desfecho final da obra. E o mais admirável é que a America, nossa personagem principal, ainda com suas limitações pôde participar dessa batalha política. Aqui, saliento para o fato de que a jovem não pode ser comparada com mocinhas distópicas criadas ou condicionadas para a batalha; a America é dona de uma personalidade forte e de um coração bondoso que se compadece pelos mais necessitados, contudo ela tem consciência de suas privações e ajuda da melhor maneira que pode. Assim, a narrativa tem ação, mas de uma forma delimitada a quem está dentro de um castelo, rodeada de segredos, muros e deveres políticos. O que, confesso, deixa tudo mais inusitado.
“Antes, você era apenas a garota que gritou comigo no nosso primeiro encontro. Esta noite, você virou a garota que não tem medo dos rebeldes.”
Outro ponto importante e envolvente da trama é o romance. Quem é que não torce pela America e pelo Maxon? Eu sempre tive certeza que eles ficariam juntos, mas o que eu senti lendo A Escolha quase me levou à loucura. Não tem como ter certeza com tantas intrigas, mentiras e guerras, e a Kiera Cass destrói nosso coração tantas vezes, só para reconstruí-lo logo em seguida. Por isso a trama é tão intensa, porque ela é variante e inconstante, como o amor jovem e recém-descoberto é. Eu continuo extremamente apaixonada pelo Maxon, mesmo ele me irritando um pouco nesse livro, e a America reconquistou meu coração mesmo diante de tantas mentiras – porque sério, eu não entendo o medo que algumas protagonistas têm da verdade, custa contar tudo logo de uma vez?! Então novamente, não se trata de um romance ou de uma história perfeita, mas sim de uma narrativa envolvente o suficiente para nos fazer mergulhar de cabeça, sem medo de nos deixar apaixonar.
No geral foi um belo final, digno de choro e sorrisos bobos. E mesmo que eu ainda ache que a autora tenha pecado em algumas explicações, não mudaria a alegria gerada pelo o último capítulo nem que me pagassem um milhão de reais. Foi tudo tão incrivelmente surpreendente e romântico que vai deixar saudade. Muita saudade.
“(…) quando estamos juntos, sinto que sou America. Não uma casta ou parte de um plano. Também não o vejo como alguém distante. Ele é apenas ele, e eu sou apenas eu.”
“(…) quero tudo com você, America. Quero os feriados e os aniversários, as épocas corridas e os finais de semana preguiçosos. Quero manchas feitas por dedos sujos de creme de amendoim na minha mesa de trabalho. Quero piadas internas, brigas e todo o resto. Quero uma vida com você.”
Sobre a Série
A Escolha faz parte da trilogia A Seleção, composta pelos livros A Seleção, A Elite e A Escolha.
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