Século XIX: status, vestidos pomposos, carruagens, bailes… Kathelyn Stanwell, a irresistível filha de um conde, seria a debutante perfeita, exceto pelo fato de que ela detesta a nobreza; é corajosa, idealista e geniosa. Nutre o sonho de ser livre para escolher o próprio destino, dentre eles inclui o de não casar-se cedo. No entanto, em um baile de máscaras, um homem intrigante entra em cena… Arthur Harold é bonito, rico e obstinado. Supondo, por sua aparência, que ele não pertence ao seu mundo, à impulsiva Kathelyn o convida a entrar no jardim – passeio proibido para jovens damas. Nunca mais se veriam, ela estava segura disso. Entretanto, ele é: o nono duque de Belmont, alguém bem diferente do homem que idealizava, só que, de um instante a outro, o que parecia a aventura de uma noite, se transforma em uma paixão sem limites. Porém, a traição causada pela inveja e uma sucessão de mal-entendidos dão origem ao ciúme e muitas reviravoltas. Kathelyn será desafiada, não mais pelas regras sociais ou pelo direito de trilhar o próprio caminho, e sim, pela a única coisa capaz de vencer até mesmo a sua força de vontade e enorme teimosia: o seu coração.
Editora: Novo Século l 432 Páginas l Romance Histórico l Compare & Compre: Saraiva • Amazon l Skoob l Classificação: 5/5 ♥
Não vai ser fácil descrever o quão envolvente e emocionante foi a leitura de A Promessa da Rosa. A história gira em torno de algo comumente abordado nos romances históricos: mocinhas à frente do seu tempo. Entretanto, indo muito além da previsibilidade que envolve tal assunto, a autora criou uma história rica em emoção, superação e, principalmente, reflexão. Sei que é muito sonhador imaginar que, em pleno século XIX, as mulheres mais independentes seriam facilmente aceitas pela sociedade, que elas encontrariam bons maridos e que até seriam conhecidas por suas personalidades marcantes. Mas, por mais que eu esperasse uma história repleta de desafios e imposições sociais, não estava preparada para a avalanche de emoções criada pela autora Babi A. Sette. Nunca tinha lido algo assim: com uma protagonista que realmente sofresse as consequências de ser diferente, ou melhor, de simplesmente ser quem ela é. A leitura foi impactante, dolorosa, romântica, emocionante e demasiadamente cruel. Eis um livro que deixou meu coração apertado, que me arrancou lágrimas, e que entrou para a minha lista de romances preferidos.
A protagonista da história é Kathelyn Stanwell. Ela vem de uma família rica e conhecida, é a jovem mais bela da sociedade inglesa, é cobiçada e invejada, mas tem alguns defeitos: é inteligente, sonhadora e não suporta a nobreza. Ela quer se casar por amor e quer poder fazer o que lhe der na telha: subir em árvores, nadar em rios, viajar pelo mundo, e rir sem se preocupar com as aparências. Aparentemente a jovem não quer nada demais, entretanto é apenas por querer ser feliz que ela vai ter seu coração pisoteado pelas pessoas que mais ama. Kathe tem dezessete anos e está na idade de casar. O pai da bela, nem um pouco bobo, está pronto para uni-la com um homem de título e riqueza. Desde o debute da filha ele encorajou-a a conversar com os nobres mais ricos e conhecidos da sociedade, contudo nenhum deles chamou a atenção da dama. Ela quer amor e, depois de ficar um período de castigo – por ter derrubado, com a ajuda do seu cavalo, metade dos seus pretendentes – talvez Kathe o encontrará em um baile de máscaras. Nessa festa o anonimato permite que Kathe seja quem sempre quis: uma mulher inteligente e independente. E é nessa ocasião que ela conhece Arthur, homem que parece um forasteiro mas que logo se revelará um dos partidos mais cobiçados de toda a temporada. Ele é rico, nobre, solteiro e está procurando uma esposa. Mas Kathe não sabe disso e, quando descobre, está completamente envolvida em uma intrincada teia de intrigas, mentiras, desencontros e paixões.
Além da emoção por trás das reviravoltas da história, o que mais gostei na obra foi a reflexão social descrita. Todas as dificuldades que Kathe vivência refletem o machismo e o preconceito social tão comum ao século XIX (não que hoje seja diferente, não é mesmo?). A jovem sofre na pele as consequências de não aceitar que a sociedade dite como ela deve se portar, e nesse momento vê o mundo lhe virar as costas. Isso nos faz pensar na nossa sociedade atual, nas imposições ridículas tão enraizadas em nossa cultura, nos preconceitos tolos que mantemos, e na crueldade dos nossos corações. – Por que julgamos o diferente dessa maneira? Por que somos tão intolerantes? Chorei tanto com as provações pelas quais Kathe passa. A história transcorre um longo período de tempo, então acompanhamos anos e mais anos de sofrimento. Também gostei do romance que se transforma ao longo dos anos, da narrativa intercalada entre os dois protagonistas, dos anos que passam e que mudam o cenário e amadurecem os personagens, e do ritmo fluído de leitura – são quatrocentas páginas que passam voando! Fora que adorei como a trama pode ser resumida em uma palavra: perdão. Até porque, amar é perdoar, não concordam?
Amei o livro do início ao fim. Comovi-me e aprendi muito com essa história. E, sendo o mais sincera possível, ao terminar a leitura a vontade que ficou é de ter sido eu a autora dessa obra. Agora quero ler mais e mais livros escritos pela Babi. Estou apaixonada!
Beijos!
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