“Vinte e um dias após os cem terem chegado à Terra com a missão de recolonizar o planeta, um inimigo desconhecido é descoberto. Pensa-se que eles eram os únicos humanos a pisar na superfície terrestre em séculos, mas agora, nada mais é certo. Entre resgates, buscas e romances, segredos são revelados, crenças são quebradas e relacionamentos são testados.”
Editora: Galera Record l 288 Páginas l Distopia l Compare & Compre: Saraiva • Submarino • Amazon l Skoob l Resenha: @mayeosvicios l Classificação: 4/5
Mesmo depois de ter lido o primeiro volume da trilogia, The 100 – Os Escolhidos, há muito tempo a leitura de Dia 21 se manteve ágil e fluida e em nenhum momento me senti perdida em meio a narrativa, até porque este começa exatamente onde seu antecessor termina. A trilogia The 100 conta a história de um planeta que foi dizimado, no chamado Cataclisma, e de uma pequena parcela da população que conseguiu fugir em uma nave para sobreviver e hoje vive no espaço, pois com a radiação a Terra tornou-se inabitável. Entretanto os recursos que permitem a vida dentro da nave no espaço estão acabando e para testar se é possível voltar à Terra, séculos após o Cataclisma, 100 jovens delinquentes são enviados nesta missão.
Entre estes jovens somos apresentados a Clarke, Bellamy e Wells, enviados a Terra, e Glass que permanece na nave, e é através da narrativa intercalada entre estas quatro personagens que vamos aos poucos conhecendo o que aconteceu na Terra anos atrás, como está a Terra agora após todos os acontecimentos e desastres que sofrera, e o que está acontecendo na nave com os habitantes dela e a escassez dos recursos para a sobrevivência dos mesmos.
Eu gosto muito da forma como a autora conduz a história e como ela intercala os pontos de vista atiçando nossa curiosidade durante a leitura tornando-a mais ágil ainda. Lembro que quando li o primeiro volume freneticamente até chegar à última página, e aqui não foi diferente, pois é impossível parar de ler, principalmente porque agora vamos descobrindo mais segredos sobre nossos protagonistas, sobre o seu passado, sua personalidade e sobre como foram parar na nave de delinquentes.
Fonte: Blog Fútil Mas inteligente |
Agora outras personagens são inseridas na história e desta vez a aura que predomina entre os cem é medo, pois são atacados por pessoas que não conhecem e apresentam hostilidade à sua presença, ao mesmo tempo em que é difícil para eles acreditar que existem outros seres humanos na terra; Octavia, a irmã de Bellamy, é sequestrada e ele fará de tudo para recuperar sua irmã sã e salva; e para ajudar alguns dos cem começam a ficar doentes e ninguém sabe porquê, desta forma a tensão é grande e os conflitos são inevitáveis, afinal além de estarem sozinhos em lugar estranho eles precisam aprender a sobreviver com os recursos que têm disponíveis, pois o que veio junto com eles na nave não durará muito tempo. Sendo assim, vamos acompanhando a adaptação destes jovens que estão aprendendo a sobreviver na Terra, a buscar a própria comida, a construir seu próprio abrigo, a racionar os alimentos e a água, a viver em comunidade e a se ajudar apesar das diferenças que têm entre si.
Diferentemente do primeiro volume Dia 21 não terminou com nenhum clifhanger que nos deixa sem fôlego, mas deixou um gostinho de quero mais e a ansiedade em saber como irá terminar a história de Bellamy, Glass, Clarke e Wells; assim como saber se encontrarão a paz e um lugar para si na Terra, pois voltar para a nave não é uma opção.
Dia 21 é uma ótima continuação, mantém o padrão de seu antecessor e nos mantém ligados na história o tempo todo. Aqui encontramos ação, tensão, mistério, aventura e também romance. Kass Morgan criou uma distopia que nos prende e fascina. Minha única ressalva é que eu esperava um pouco mais, os capítulos são curtos e intercalados entre quatro personagens distintos, e o livro tem pouco menos de 300 páginas, o que o torna de certa forma superficial. Por mais que alguns mistérios tenham sido esclarecidos eu queria descobrir mais sobre o Cataclisma em si, também sobre as pessoas que encontram na terra, como sobreviveram e como foi habitar a Terra em meio ao caos e a intensa radiação, sejam eles hostis ou não e ainda sobre a nave e a forma que é governada, sobre a missão dos cem e algumas outras questões que são levantadas, mas não aprofundadas. No mais eu não tenho o que reclamar e indico sim a leitura.
O terceiro volume, chamado De Volta, chegou nas livrarias agora em março e confesso estar bem ansiosa para a leitura, principalmente para que estas questões sejam respondidas e a trilogia tenha um final sem pontas soltas e que satisfaça a todos os leitores.
Beijos!
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